quinta-feira, janeiro 13, 2011

PERSONAGEM MINÚSCULA

Cavaco Silva já parece o suspeitador-mor do reino, o seu falhado conselheiro estratega-intelectual e apoiante Pacheco Pereira. Cada vez que abre a boca é para lançar uma dúvida-suspeita sobre o governo, assim:
- "Espero que o governo cumpra o prometido"
-"É preciso não criar ilusões e falar verdade"
-"O governo diz que está a fazer tudo o que é possível para ..."

-"É preciso que o governo faça tudo quilo que diz estar a fazer
"
Hoje, para além de atirar à cara do governo a hipótese para breve de uma "grave crise política", o que há dois dias dizia como sendo perigoso para o país, contrariado e mal humorado com o sucesso da compra da dívida pública portuguesa, saiu-se com mais esta dúvida-suspeita:
-"É preciso saber quem está a comprar, é importante saber quem são os compradores".
Num tom preocupado e crispado de esgares denunciando uma preocupação de "verdade" e ou qualquer ilisura havida na operação, denunciando também claramente que apostava no falhanço da operação e, consequentemente, do governo. Os candidatos opositores atacam-no, e ele, de espírito vingativo, ataca o governo que quer ver no tapete. Uma pobreza de envergadura política e uma miséria de cultura democrática.
Veja-se que tal personagem não foi capaz de esclarecer quem comprou as suas altamente rentáveis acções pessoais do BPN, mas agora é lesto a querer(pedir) saber quem é o comprador da dívida portuguesa. Talvez penssasse se não estaria o Oliveira e Costa por detrás de tão inacreditável sucesso.
Verdadeiramente uma personagem minúscula para tal figura humana.

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1 Comments:

Blogger sergio said...

Votem em quem vocês quiserem menos no Cavaco - É o apelo que faço a toda a gente.

Já não posso mais com conversas sonsas. Cavaco Silva não responde ou finge que responde sem responder. Ele é político desde 1980. Ele está do lado das grandes empresas que já são grandes demais e estão a chupar os pequenos e os médios até aos ossos.

Cavaco Silva quer fazer parecer que está acima de tudo e de todos, que está acima da crise e dos que provocaram a crise, que está acima dos políticos, que está acima dos podres de Portugal.

Cavaco Silva não está acima dos políticos, nem de nada. Ele é o português mais político. Desde que eu me lembro de política, ele está sempre presente. Começou na política em 1980 e 30 anos depois ainda está cá.

Cavaco foi ministro das Finanças 1980-81 e logo a seguir veio o FMI do qual agora tem tanto medo. Foi presidente do Conselho Nacional do Plano entre 1981 e 1984. Foi Primeiro-Ministro entre 1985 e 1995. Teve um interregno de 10 anos apesar do seu espectro e por vezes palavras pairar sobre o PSD. É Presidente da República desde 2006. Isto não é ser político?

Depois quer-se fazer passar pelo economista mais competente. Fala mal do desgoverno financeiro mas vem escarrapachado no Diário de Notícias que foi durante os 10 anos de Governo de Aníbal Cavaco Silva que o Estado mais engordou, com a despesa pública a crescer 10,6% entre 1985 e 1995.

Quer também elevar a sua competência como governante mas fomos enganados. Com Cavaco a Primeiro-Ministro entravam milhões e mais milhões da União Europeia e cresciam as auto-estradas, parecendo tudo bem. Mas o que realmente começou foi a concentração da economia nas obras públicas, na construção com os bancos atrás, nas grandes empresas quase-monopolistas, nas grandes superfícies. Hoje vê-se que no outro lado dessa política começou a destruição da indústria, da agricultura e da pesca (e agora tanto Cavaco fala do mar). Hoje vê-se que se favoreceu as empresas que não produzem pouco ou nada produzem e muito menos para exportar (e agora tanto Cavaco fala das exportações). Hoje vê-se que se favoreceu as grandes empresas de tal modo que estas vão chupando os pequenos e os médios até ao osso. É uma traição aos princípios da Social-Democracia. E, hoje, os gestores dos bancos e das grandes empresas estão todos na Comissão de Honra da sua candidatura.

Basta! Cavaco Silva está na origem do estado actual do país e não é com ele que se pode contar para a mudança que é necessária em Portugal.

4:59 da manhã  

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