segunda-feira, abril 25, 2011

25 D' ABRIL SEMPRE, DITADURA NUNCA.


Faz hoje apenas trinta e sete anos o 25d'ABIL e já todo mundo fala dum dia velho e senil contra o "dia inicial e limpo" inaugural.
Um povo submesrso na escuridão política sob total falta de liberdade para pensar e discutir livremente e ganhar hábitos de cidadão político com o mínimo de entendimento histórico do que vale a política e do que ela pode fazer pelo bem dos portugueses, tomaram a queda da ditadura como se, bastasse isso, para dar como adquirido o progresso e bem estar sem interrupções.
Já fôra bem patente, nas crises anteriores, que o bem que possuimos só está adquirido quando é nosso, isento de penhora e isento de acidentes de futuro. O uso e abuso de bens hipotecados é próprio da sociedade de "instrumentos" e não de "fundamentos", da sociedade de "exibicionistas" e não de "economicistas", da sociedade de "prevaricadores" e não de "prevenidos".
Deslumbrados pelo fascínio do facilitismo vivido até há pouco, fomos todos apanhados pela abrupta falência da abundância fictícia e caímos em desânimo. E como, quando se cai em desgraça esta arrasta males em corrente caudalosa, sem compreender o castigo de nossas culpas, atiramo-nos sobre os políticos que estão à mão para os acusar de todos os nossos males e os do mundo.
É assim que, derorientado, o povo do dia a dia na rua, já pede outro "25d'abril", sem perceber que se a democracia não é capaz de solução dos problemas, qualquer alteração à força do regime democrático, só dará lugar a soluções drásticas e violentas por via ditaturial. Ou seja, aplicando sobre o Estado democrático de direiros e garantias dos cidadãos, uma pinochada repleta de barbaridades, uma pinochada que mata supostos males matando pessoas.
O 25d'Abril mostra que somos capazes do extraordinário e o estado actual mostra outro aspecto de nossa extrema capacidade. Se somos capazes de praticar o extraordinário quando é preciso, que sejamos capazes de nova opção extraordinária para voltar à normalidade corrente.

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1 Comments:

Blogger João Brito de Sousa said...

Meu Caro Adolfo.

Viva.

Os teus trabalhos aqui são de grande valor de análise.

Que continuo a apreciar pelo rigor.

Quem tem o prazer de falar, ou emitir opinião, cumpre o sagrado princípio de dizer o que pensa.

Foi Sidonio Pais quem dise isto na sua prova de doutoramento, em Coimbra.

Apesar disso não estou de acordo com aquela do "foleiro" do Ze Lello.

Educação é preciso.

Ab.
JBS

3:18 da tarde  

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