domingo, maio 01, 2011

MENTIRA E VERDADE

ADÃO CONTREIRAS, SOMBRAS

Vendo o deboche intelectual do "eixo do mal" desta noite, quando ouvia aquele senhor que não sei o nome mas é aquele que costumava aparecer de vistosos fatos, gravatas e lenços na lapela à dandy e porque o avisaram que tal nobreza não condizia com a linguagem desbragada costumeira, agora aparece mais descompostamente composto à desportiva.

Este rufia costuma chamar, por tudo e por nada, mentiroso ao PM Sócrates. Já tinha reflectido sobre porque motivo este tipo de gente reles mas também políticos de elevada hierarquia partidária alinham neste método e usam a acusação de que o PM mente. Aliás, os reles usam-na como alunos aprendizes imitadores dos políticos politicamente menores e intelectualmente fracotes e mesquinhos.

Mas no conjunto toda esta gente estarola já proclama tão normalmente tal alarvidade porque também já adquiriu uma certa concicção de que é verdade o que falsamente afirmam. Por que constata-se como facto vivido e visto em directo, que o PM profere uma declaração-afirmação sobre determinado assunto evidente, como a sua declaração na TVI de que está aberto ao diálogo e ao entendimento, pois que nunca o país precisou tanto de entendimento entre as forças políticas. E o que vêm imediatamente dizer as reles gentes e reles políticos: que o PM está a mentir.

E porque afirmam que o PM mentiu? Porque o seu pensamento está amarrado à corrente pre-concebida e preconceituosa de que o PM diz o que diz mas pensa outra coisa. O PM é tido como alguém tão esperto-inteligente e tão rápido a pensar e julgar que, ao mesmo tempo que pensa-produz afirmações, já está a pensar no seu contrário.
O PM, ao fim e ao cabo, é tido como quase um deus ou semi-deus ou de origem divina com um pensamento que prevê o futuro, pois só assim se explica que para sua defesa pense uma coisa e discorra sobre o seu contrário em simultâneo.

Ora, como ninguém pode e vai acreditar que o PM tenha tais qualidades divinas de adivinhação e capacidades transcendentais de mentir sobre o seu próprio pensamento, é da mais trivial lógica, para qualquer pessoa normal, pensar que quem verdadeiramente mente é quem acusa. O acusador, por uma manobra de pura imaginação, intromete-se imagináriamente no pensamento do PM para ver e retirar dele (pensamento) uma contradição entre pensamento e transmissão desse pensamento.
A essa suposta contradição apelida de mentira. Contudo, como a contradição suposta pelo acusador é imaginária, a mentia é sua. Toda.

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