CAMINHO DE FONTE DE APRA PARA GORJÕES PRÉ EM520 ''ROTA DA ÁGUA''
Etiquetas: velho caminho Apra-Gorjões "rota da água"
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«Um juiz que odeiam e querem destruir porque não teve medo de decidir de acordo com a sua própria soberana consciência»
Valupi in "Aspirina B"
Precisamente o mesmo que
tentam há anos fazer a Sócrates e pelo mesmo motivo; o ódio a quem quer
ser livre, quer decidir o melhor para o país e não se deixa manipular.
Ontem na “Circulatura” O Lobo-Xavier voltou a repetir a cassete do
“animal selvagem” truculento, mentiroso e dava tudo na acusação como
provado e tudo que o “animal” dissera em sua defesa ou mesmo documento
apresentado (sobre a “opa PT”) era produto duma mente de psicopata que
criara uma “narrativa” e inventara um mito do qual estava convencido da
sua verdade mitológica e isto e aquilo da vida faustosa, do homem rico
que afinal pedia dinheiro, que Santos Silva com 20 milhões no banco (no
banco?) afinal era o mais rico construtor do país; logo daqui se deduz
que os grandes empresários de construtoras e industriais que assessoria
por milhões devem ter a massaroca toda nos off-shores bem escondidos a
seu conselho; nos off-shores que tanto defende como necessários para o
mercadejar obscuramente sem se saber quem mercadeja.
Em suma uma retórica sofística com base em tudo o publicado no “cm” anos
a fio e o povão recita amestrado pelo jornalismo voz do dono; isto é,
tudo o que é a verdadeira narrativa de saltos ilógicos à procura de uma
saída qualquer para condenação de juiz amigo designado a dedo.
O Pacheco mete dó, agora ainda mais com o rosto magro e ar aparvalhado;
acha que o Sócrates é corrupto e só mente e tudo onde toca é uma mentira
porque já nasceu assim e como tal não consegue sair desse registo
porque lhe é genético e repete a mesma cantilena do Lobo com uma nuance;
culpa o PS porque, o caso era notório, estava na cara do “animal” e
tinha obrigação de ter detectado isso e expulsá-lo mal um dia abriu a
boca no partido.
O Pacheco, o maior falhado político desde a democracia que apoiou sempre
o palerma Cavaco e conviveu intimamente no interior do circulo
cavaquista mais corrupto de sempre onde medravam os do BPN e sobretudo o
Duarte Lima, seu chefe directo cu com cu na AR, e nunca deu por nada,
nem nunca lhe indiciou nada a vida “faustosa” de compras de bens de
faustosas propriedades do chefe amigo, agora até vê escrito na cara de
Sócrates que este nasceu com a síndrome de corrupto; a mesma visão
pacheca que não viu nada entre amigos e viu, claramente visto, o Iraque
coberto de bombas nucleares que a narrativa mentirosa de Bush e Durão
vendeu ao país com a colaboração do Pacheco.
O ódio de inveja de Pacheco ou o ódio de vingança de Lobo expressam-se
de forma diferente mas o ódio é o mesmo; o ódio ao homem que quer ser
livre quando pensa pela sua própria cabeça.
Etiquetas: pacheco & lobo-xavier o mesmo ódio
Não é preciso saber antropologia ou história para ter a ideia lógica certa de que o povo, qualquer povo, tem sabedoria própria; e como não, se é o próprio povo que desde o homem primitivo foi descobrindo, criando e arquivando o saber, de experiência feito, e transmitindo-o de memória de geração para geração.
Desde o seu aparecimento na Terra que o homem individual e depois em grupo aprendeu a defender-se em grutas, a caçar e colher o fruto das árvores, inventou o fogo e a roda, a domesticar os animais para ajuda nos trabalhos pesados, a construir armas e utensílios de silex, inventou o barro, descobriu e utilizou em seu benefício os metais, inventou o arado e a utilização da terra para produzir o seu alimento e foi sempre acumulando um saber de experiência praticada ao vivo ao longo de milhares de anos; tais descobertas de conhecimentos lhes proporcionaram mudanças de paradigmas na forma de ver e encarar o seu mundo em cada momento de inovação histórica e assim sucessivamente; e tudo isso passado de memória de pais a filhos sem que houvesse escolas ou academias para tratar e fomentar especificamente o ensino de transmissão de conhecimentos adquiridos.
É a prova provada de que o conhecimento prático, empírico, adquirido da experiência directa com a vida e suas necessidades de constante melhoramento e aperfeiçoamento para novas respostas a velhas e novas questões não precisa de graus académicos para que seja tão válido e útil à vida como o obtido no ensino por via da Escola.
Aliás, o que prevalece na sobrevivência face a uma catástrofe, relativamente à vida humana, não é a sabedoria dos livros mas sim a sabedoria prática de como organizar e realizar uma produção de subsistência para manter a espécie; ainda hoje o saber dos livros só por si vale pouco perante as necessidades básicas da existência humana; vive-se sem livros mas não se vive sem alimentos.
Quando o Virgílio dos Gorjões, que desde que nasceu viveu junto dos trabalhos da terra e dos animais de criação (mesmo em França na refinaria de Leão trabalhava nas valas e criava animais, galinhas, coelhos), respondeu ao exímio músico de jazz que "as minhas galinhas cantam melhor que o Zé Eduardo" expressava exacta e precisamente o sentimento primitivo do primado do conhecimento prático sobre o livresco; porque ele entendia o canto das galinhas, o berrar das cabras ou o balir dos cordeiros que criava na pastagem como se estivessem dialogando consigo numa linguagem que ambos liam e entendiam sem erro; o canto das galinhas era ópera para o Virgílio e o canto de ópera de palácio tal como o jazz era, para ele, barulho, ruído incomodativo ou mesmo insuportável.
No caso da futura casa Museu José Pinto Contreiras nos Gorjões dever-se-á respeitar ambos os saberes e aproximá-los tanto quanto possível, fazê-los interagir entre eles sem nunca os deixar desligar ou perder de vista; fazer que aprendam uns com os outros, o saber rural dos montanheiros com o saber de escola, académico.
O saber do Virgílio é um exemplo real de que é preciso preservar e fazer aproximar saberes diferentes assim como a declaração da Anabela Afonso, "eu hoje tenho muita pena de não ter guardado comigo muita da sabedoria do meu avô analfabeto, que era grande" é outro exemplo de que é preciso saber entender, apreciar e preservar o valioso saber da tradição passada de pai a filhos.
Contudo, por outro lado, muito menos podemos perder de vista o importante saber civilizacional gerado pela observação e olhar crítico histórico e científico acumulado e perpetuado pelas escolas e academias de elites escribas e sacerdotais, pelo menos, desde o aparecimento da escrita cuneiforme na Mesopotâmia suméria-semita-acádia a partir do 3º milénio a.C. pois esta, tende cada vez mais, a ser a força de reboque do avanço civilizacional.
Tal como Lavoisier disse que "na natureza nada se perde, tudo se transforma" também na natureza do saber e do conhecimento nada se deve perder mas sim, transformar.
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