terça-feira, novembro 29, 2016

CAMINHADA GORJÕES ESTANCO


Numa caminhada pelo percurso dos cinco Poços Públicos que abasteceram de água a população dos Gorjôes durante, pelo menos, os séculos XIX e XX, as estudantes finalistas da UALG ficaram a conhecer a importância da água para a fixação e subsistência das famílias no povoado.
E constataram como, dada a importância da água nas suas vidas, dos diversos aglomerados de moradores de todos os quadrantes cardeais nasciam caminhos para animais que iam em direcçao aos Poços Públicos.
Igualmente ficaram a conhecer como era tirada a baldes e força de braço a água do fundo dos Poços e era depois transportada em animais de carga, normalmente burros, em cântaros de barro ou lata enfiados em uns artefactos adequadamente construídos, para se adaptarem aos animais, designados cangalhas. 

Etiquetas:

quarta-feira, novembro 23, 2016

Escola jazz Zé Eduardo (Ensaio Para Concerto)



Já passa largamente de dois anos que Zé Eduardo veio e se instalou nos Gorjões trazendo consigo um longo e valioso percurso de jazzista internacionalmente reconhecido e de formador de jazzistas desde que foi um dos fundadores e professor da Escola de Jazz do Hot Clube de Lisboa.
O seu percurso continuou em Barcelona onde fundou uma nova Escola de Jazz que se tornou famosa na Cidade e Catalunha durante os dez anos que foi o dirigente mentor e Mestre das actividades artísticas e escolares da Escola.
Depois, em Faro, criou a "Associação Grémio das Músicas" onde, durante dez anos, fez jazzistas de qualidade dezenas de jovens residentes no Algarve que hoje actuam pelo mundo.
Em Julho de 2014, face às brutais dificuldades criadas pela austeridade impostas pela troika e duplicadas pelo governo da altura, encontrou boas condições de instalações e trabalho aqui nos Gorjões, início do Barrocal a doze Kms de Faro.
Ocupou o espaço da antiga mercearia da Ti-Alexandrina no local central do sítio designado o "Alto" e aí instalou a sua nova Escola de Jazz. E aí continua a viver com gosto a fazer o trabalho que é a sua alegria de vida: ensinar jovens a fazerem-se jazzistas e educar e preparar músicos jazzistas a serem profissionais de qualidade.
Em Suma, uma vida dedicada a divulgar o Jazz, a manter viva a chama do Jazz, a elevar a qualidade do Jazz.

Etiquetas:

quinta-feira, novembro 17, 2016

FIGURAS GORJONENSES 19 ''MANA BI LUZ'' (Maria José Luz 1917 - 2016: Aos 94 Anos)



Sempre te chamámos por "Mana Bi-Luz" mas, depois que fui viver em tua casa durante seis anos e fui tratado como filho igual ao teu filho, desde então foste para mim a minha Mãe Bi-Luz.

Etiquetas: , ,

sexta-feira, novembro 04, 2016

A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS, VIAS



AOS 24 ANOS E PRESTES A PARTIR PARA A FRENTE DE COMBATE DE LA LYS EM FRANÇA NA GUERRA DE 1914-18 JOSÉ PINTO CONTREIRAS, ALIMENTADO PELAS LEITURAS DA SEARA NOVA, PROUDHON, BLASCO IBANHES, VICTOR HUGO E OUTROS, JÁ VIVIA SOMHANDO COM A UTOPIA DO PROGRESSO SOCIAL.
SABE-SE AGORA, COM A DESCOBERTA NOS ARQUIVOS NACIONAIS DO HISTORIADOR INVESTIGADOR NEXENSE ARTUR BARRACOSA MENDONÇA DA DOCUMENTAÇÃO DO PROCESSO DE LEGALIZAÇÃO INSTITUCIONAL, EM ABRIL DE 1922, DA EXISTÊNCIA DE UMA "ASSOCIAÇÃO DE CLASSE DOS OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E ARTES CORRELATIVAS DE SANTA BÁRBARA DE NEXE" QUE JÁ FORA FUNDADA EM ABRIL DE 1917 E, NA QUAL, CONSTA NA LISTA DOS FUNDADORES A ASSINATURA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS.
 EM PORTUGAL VIVIA-SE EM PLENA EBULIÇÃO POLÍTICA DA 1ª RÉPUBLICA  E TODOS AQUELES OPERÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL, FUNDADORES DA "ASSOCIAÇÃO" VIVIAM A UTOPIA DOS IDEAIS DO PROGRESSO SOCIAL RÁPIDO E AVANÇADO QUE O PENSAMENTO SOCIALISTA PROMETIA.
ESSA UTOPIA MENTAL DOS FUNDADORES ESTÁ BEM PATENTE NOS ESTATUTOS DA "ASSOCIAÇÃO" QUANDO NELES INSCREVE COMO SEUS FINS A ALCANÇAR:
- ESTABELECER ESCOLAS, BIBLIOTECAS, E AULAS DE INSTRUÇÃO PROFISSIONAL
-REALIZAR CONFERÊNCIAS OU PALESTRAS EDUCATIVAS SOBRE TODOS OS ASSUNTOS DE ORDEM PROFISSIONAL, CIENTÍFICO, SOCIOLODIA OU FILOSOFIA.
- EDITAR UM JORNAL, BROCHURAS OU MANIFESTOS CUJA DOUTRINA ESTELA EM CONFORMIDADE COM OS FINS DA "ASSOCIAÇÃO".
- MONTAR ESCOLAS-OFICINAS DAS ARTES DE CONSTUÇÃO CIVIL.
A UTOPIA DE 1917 DESTES GENEROSOS HOMENS FUNDADORES TERMINOU EM 1925 PORQUE, COMO SE DIZ NA CARTA DE PEDIDO DE DISSOLUÇÃO,  «A QUASI TOTALIDADE DOS SEUS ASSOCIADOS HAVER EMIGRADO».
EMIGRARAM PORQUE A RÉPUBICA JÁ NÃO CORRESPONDIA AOS IDEAIS INICIAIS, VIVIA-SE UMA CONTURBADA E PERMANENTE INSTABILIDADE POLÍTICA, A MISÉRIA SOCIAL E A FALTA DE FUTURO ACENTUAVAM-SE RAPIDAMENTE, E A CONTRA-REVOLUÇÁO REACCIONÁRIA DO 28 DE MAIO DE 1926 ESTAVA EM MARCHA E IMINENTE.
CERTAMENTE, MUITOS DESTES FUNDADORES METERAM OMBROS ÀS SUAS UTOPIAS PESSOAIS E CONCRETIZARAM-NAS.
JOSÉ PINTO CONTREIRAS FOI UM DELES QUANDO, REGRESSADO DA GUERRA EM FRANÇA, SE LANÇOU NA CONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO LUGAR, DEPOIS CHAMADO «O ALTO», COMO NOVA E MODERNA CENTRALIDADE DO SÍTIO DOS GORJÕES, TERRA DOS SEUS ANTEPASSADOS, ONDE REUNIU TODOS OS "MESTRES" DE ARTES E OFÍCIOS NECESSÁRIOS E FUNDAMENTAIS PARA APOIO AOS TRABALHOS DO CAMPO.
E, PARA A BOA CONVIVÊNCIA SOCIAL DO POVO, CONSTRUIU CASA PRÓPRIA DE SALÃO DE BAILE E BUFETE ESPAÇOSOS E MODERNOS E FUNDOU, COM OUTROS, A «SOCIEDADE RECREATIVA GORJONENSE».
A UTOPIA DUROU DÉCADAS E O SÍTIO FOI, DURANTE TODO ESSE TEMPO, ORGULHO DOS GORJONENSES.         

Etiquetas: ,