sexta-feira, maio 29, 2015

OUTRO ESCOLHIDO: O GRANDE MESTRE EMPREENDEDOR.


Também Portugal foi desde sempre uma "Terra Prometida".
Primeiro, foi D. Afonso Henriques o "escolhido" em Ourique para "fundar" Portugal.
Segundo, foi D. Nuno Alvares Pereira o "escolhido" para "salvar" Portugal.
Terceiro, foi a Inquisição ardentemente "escolhida" pedida e desejada por D. João III para "moralizar" a turba e de evitar o sistema de matanças e pilhagens que se tornara corrente e que indiciavam claramente a decadência e morte de Portugal.
Quarto, foi "escolhido" pelo cardeal Henrique, e demais portugueses "patriotas", a vinda dos Filipes de Castela  para "governar" Portugal.
Quinto, foram os conjurados "escolhidos" e decididos por Deus para "Restaurar" Portugal.
Sexto, foi "escolhido" dar-se o terramoto de 1775 no dia de todos-os-santos para "castigar" e "redimir" os pecados de Portugal.
Sétimo, logo de seguida, e despachado o maldito Pombal para o exílio através do 'processo do marquês', foi "escolhida" a rainha louca de beatice para "restaurar" o Portugal jesuítico profundo das grandiosas e faustosas comédias, farsas e óperas bufas do tempo de D.João V.
Oitavo, em 1807 a invasão napoleonica entrava em Portugal e no mesmo dia a Corte dos braganças fugia para o Brasil e vai de fuga embarcada quando dez dias depois Junot ocupa Lisboa e, segundo o cardeal Mendonça, Napoleão era o "Prodígio eleito por Deus" para fortuna dos povos.
Nono, perante a podridão intelectual dos braganças e a miséria grassante na população em 1910 foram "escolhidos" os maçons republicanos para matar o rei e a monarquia e instituir a Répública imitando, mais de um século depois, os franceses.
Décimo, face a uma elite declamarória de princípios e um povo de ignorantes analfabetos que não governavam nem deixavam governar foi "escolhido" e depois aclamado por "Fátima" um "salvador" da pátria professor de finanças.
Undécimo, respeitosa e gravemente passámos 48 anos em estado novo de "salvação" e "penitência" obrigatória em regime de "austeridade" redentora tão avarenta e pelintra que apodreceu e caiu aos tiros aquém-e-além-mar, e foi-se tudo o que se guardara tão avaramente.
Duodécimo, finalmente surgiu "escolhido" por vontade popular o Grande-Mestre-Empreendedor precisamente no momento que a Europa nos mandava fundos e mais fundos para empreender.  
E o Gramde-Empreendedor empreendeu à grande; foi o maior empreendedor de todos os tempos a fabricar e promover corruptos e enriquecimento supersónico de ministros, secrtários de Estado, amigos, deputados e tudo que pululava à volta cantando hossanas ao Grande-Emprendedor. Este vendeu a agricultura, as pescas e a indústria a troco de "fundos" que os cantadores de hossanas ao Grande-Empreendedor metiam ao bolso através de esquemas de corrupção "legais".
O Grande-Emprendedor, entusiasmado com os hossanistas de loas à sua grandeza, chegou a falar na criação de um "homem novo", um português elevado ao nível dos ricos europeus e, sobretudo, superiormente educado à sua semelhança de Grande-Mestre-Empreendedor.
O Grande-Mestre-Empreendedor depois de estabelecer o modelo educacional de sua escola de empreendedorismo apadrinhou a implantação de um "banco" onde se sentaram os seus melhores e mais empreendedores alunos e estes, por sua vez, retribuiram o Grande-Mestre-Empreendedor como dadores abonatórios para manutenção do seu lider e Grande-Mestre.
Contudo, este, prenhe de falsa honestidade mesquinha e miserável, por atavismo parolo, incapaz até de um astuto golpe baixo assumido com grandeza, limitou-se a querer e receber as migalhas de pardal de esplanada que os alunos lhe dispensavam para manter as aparências de honestidade rural, como gostava de se mostrar e enganar os portugueses ingénuos.
O Grande-Mestre-Empreendedor anda há 30 anos 30 neste monumental logro de aparências, fabricando, apoiando e lançando no mercado negro da nação hordas de corruptos que mamam, sugam e secam o Estado sob a capa da legalidade instituida pelo Grande-Mestre- Empreendedor-Presidente.
A Paula Rego, a propósito, pintou o quadro "a última mamada" acima reproduzida mas, ainda não é claro que seja a última pois o Grande-Mestre-Empreendedor, já decrépito e caquético, ainda quer deixar em herança aos seus discípulos, o sangue, a carne e os ossos da nação moribunda.
Não há dúvida, Portugal foi e continuará sendo uma terra de gente "escolhida" para ser altar de sacrifícios às mãos de ignorantes espertos convencidos ao serviço de estranhos poderosos mais espertos e inteligentes

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terça-feira, maio 26, 2015

SIDÓNIO, Um Farense Especial

sexta-feira, maio 22, 2015

GORJÕES, Uma Retrospectiva Sucinta

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domingo, maio 17, 2015

O GOVERNO É TODO AMOR AOS POBRES E REMEDIADOS: O PROBLEMA É O BODE EXPIATÓRIO


Os gregos inventaram o teatro a partir dos ditirambos atirados ao povo pelos sátiros durante as festas dionisíacas celebradas com a matança do bode, vítima preferida do deus para as expiações; o bode e o vinho eram a apoteose da festa.
Este governo serve-se do teatro de pantomínia para, acerca de toda e qualquer situação, igualmente invocar em apoteose pantomineira essa figura mítica como sua vítima expiatória preferida; o bode expiatório.
Se houve corrupção à ganância e fartazana no BPN foi porque o supervisor não supervisionou e o governo anterior nacionalizou; salva a massa deles (o presidente não terá metido uma cunha através da sua magistratura de influência?), contentes, apontam o dedo ao bode expiatório, o governador supervisor.
Se houve uma crise financeira e de seguida uma crise das dívidas soberanas cá e em meio mundo, a qual apelidaram de abalozinho, foi porque o governo anterior não soube prever o que estava ali à vista de todos para precaver-se a tempo como devia; assim puderam apontar ao bode expiatório preferido, o governo anterior.
Se a troika foi desejada e chamada com gosto para nos ensinar a governar, não ser despesista e ter maneiras austeras à alemão foi-o porque um governo levou o país à bancarrota, assinou o acordão que obrigava a isso; limparam as mãos do PEC IV, aprovado em Bruxelas, e apontaram culpas ao bode expiatório, o governo anterior.
Se o governo acima de troikista se limitou a ser subserviente e cumprir notas e recados a toque de troika foi porque existiu o governo anterior que chamou a troika; culpado e bode expiatório, o governo anterior.
Se o ajustamento feito pelos troikistas acima da troika correu mal foi consequência da recusa e não adesão aos apelos do presidente, também troikista acima da troika, ao consenso com o governo; culpado e bode expiatório, a opoisição.
Se os portugueses se sentem espoliados de seus bens, pensões, vencimentos e empobrecimento violento é porque foram obrigados contra sua vontade; bode expiatório o memorando que obrigava e a troika que exigia.
Se a troika é, hoje em dia, mal vista pelos povos e por contágio também o governo troikista por ter sido subserviente e servil perante funcionários de 2ª ordem foi porque o governo anterior não inscreveu no memorando, que assinou e do qual é dito único responsável, a constituição, o nível hierarquico dos funcionários e modo de operar (manual de instruções?) com essa troika pois que, afinal, o governo troikista acima da troika se limitou a respeitar e seguir as indicações constantes no memorando; culpado por omissão e bode expiatório, o governo anterior.
Se se concluiu que houve corrupção na compra dos submarinos e contrapartidas foi porque um dia alguém se lembrou que era preciso fazer tal compra para a Armada e até queriam três e afinal, eles os poupadinhos, só compraram dois; origem da culpa e bode expiatório, o governo anterior. 
Se os indicadores estatísticos são desfavoráveis ao governo o problema é da estatística que é mal fundamentada; culpado e bode expiatório, o INE.
Se a TAP tem problemas económicos e financeiros graves e trapalhadas de gestão com trocas e baldrocas de compra e venda de empresas subsidiárias que mais que indiciam gestão danosa; culpados e bode expiatórios são trabalhadores e greves.
Já estamos sendo bombardeados com a propaganda apontando ao habitual culpado e bode expiatório que, se este governo teve a ideia de empobrecer os portugueses, foi culpa dos governos anteriores que enriqueceram os portugueses prodigamente com escolas, educação, ciência, pensões e serviços de saúde, tudo excessos de pobres armados em ricos. 
E brevemente seremos informados solenemente em pleno tribunal, engalanado de cruzes e fogueiras infernais, por juízes que obtêm verdades por meios ocultos apenas ao seu alcance, que os males e desgraças portuguesas têm a sua fonte original e única na vinda ao mundo, neste tempo actual, de uma força do mal para destruir as egrégias virtudes de Portugal; e dirão que essa força foi descoberta pela justiça, foi presa a tempo e vai ser crucificada na praça pública, como exemplo democrático, e Portugal libertado do mal.
A figura do "bode expiatóro" existe desde os tempos do ritual dionisíaco grego e modernamente sempre foi utilizado como figura de estilo passa-culpas com sentido mundano nas disputas políticas, contudo, a gente deste governo voltou a colocar a figura do bode expiatório como um verdadeiro sacrifício expiatório celebrado no altar em honra do seu governo divino todo rodeado e assessorado por anjinhos.

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terça-feira, maio 12, 2015

CARNAVAL LOULÉ 1984

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terça-feira, maio 05, 2015

CARNAVAL LOULÉ 1983

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sexta-feira, maio 01, 2015

OS "EMPRESÁRIOS DE SUCESSO" EDUCADORES DE PASSOS.


Passos coelho, cabeçudo-mor deste governo, teve a distinta lata de catalogar o seu correligionário amigo dias loureiro de "empresário de sucesso".
Todos conhecemos a história das vias trilhadas e métodos usados para o sucesso deste amigo também amigo de muitos amigos "empresários de sucesso" da mesma escola que foram educadores-formadores políticos, económico-financeiros e da moral do jotinha passos e que são, como a elogiosa designação de "empresário de sucesso" demonstra, as personalidades e o tipo de caracteres pessoais que são exemplo e inspiração de passos.
As fotos acima, ainda mais precisamente que o algodão, não engana ninguém nunca.

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