sábado, novembro 28, 2015

A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS 5


SALÃO DA ANTIGA SOCIEDADE RECREATIVA GORJONENSE

ACTUALIZAR A MODERNIDADE, MANTER VIVA A UTOPIA (1)

Após a 2ª Grande Guerra os Gorjões tornara-se um dos sítios mais populosos da Freguesia não só pelo bom rendimento proporcionado pelos frutos secos nesse tempo mas, sobretudo, pelo desenvolvimento local de uma classe de empreiteiros de estradas que, iniciada pelos "Estancos" fez escola, foi depois continuada pelos descendentes, parentes e vizinhos que tendo sido discípulos encarregados e capatazes dessa escola de obras de estradas, se lançaram a concorrer a obras por conta própria, fazendo-se também empreiteiros de obras de caminhos, estradas e pontes.
Esta escola de empreiteiros de caminhos, estradas e pontes por todo o Algarve e Alentejo criaram novas categorias de trabalhadores remunerados acima dos trabalhos do campo. Eram trabalhadores especializados nas várias artes de construir obras de arte como pontes de arcos e estradas pelos perfis ondulados das serras; foram os capatazes gerais, os capatazes de trincheira, os espalhadores, cilindradores, niveladores e alinhadores, os especialistas em abrir furos na pedra e fazer disparos de pólvora, os carreiros, os pedreiros, canteiros e calceteiros de pendor artístico. 
 
Entretanto o Estanco, homem de que falamos, que já criara as “Casas de Vendas” e as “Casas dos Mestres” e era fundador da Sociedade Recreativa instalada na sua “Casa dos Altos”, obreiro de transformações de natureza comerciais e sociais tais que tornaram o lugar do “Alto” na nova centralidade dos Gorjões até hoje, embalado nos seus sonhos modernizadores mantinha todo o potencial de sua imaginação visionária criativa com vista a actualizar e melhorar, com novas obras únicas, a sua terra natal de três séculos e quatro gerações.
Em plena guerra, ano quarenta e quatro do Séc.XX, insatisfeito com o espaço adaptado e apertado, face ao sucesso da Sociedade Recreativa Gorjonense, lança-se na construção de um moderno “Salão” próprio e adequado a bailes, teatro, festas, homenagens e outros acontecimentos sociais do sítio.
Este “salão”, situado num terreno do pai em frente às “casas de vendas”, com a dimensão de 20x10m, incluía várias inovações dos tempos modernos: um largo bufete com mesas de mármore servido por empregado de mesa vestido de casaca branca, pano e bandeja na mão onde já havia cerveja e pela primeira vez se servia café; um balcão sobre o salão de baile com mesas e cadeiras servido pelo bufete; “retretes” para homens e mulheres com esgotos e água canalizada; uma bacia de cerâmica com torneira, servida pela água canalizada, para lavar as mãos; um palco no salão de baile que permitia saídas para duas salas contíguas e trocas de entrada e saídas dos actores através do fosso sob o mesmo palco, este também equipado com abertura para o “ponto” de teatro.

 (continua)

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segunda-feira, novembro 23, 2015

A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS 4


A MODERNIDADE

Com a instalação e inauguração em 1943 sob aceitação e aplauso total, rapidamente a Sociedade Recreativa Gorjonense se transformou num sucesso social frequentado por todo o povo residente e gente de todos os arredores à volta, e passou a ocupar o lugar central de convívio e animação domingueira para a população. Todos podiam frequentar, sócios e não sócios com aprovação dos dirigentes que só recusavam a entrada a bêbados e desordeiros.
A Sociedade Recreativa fez-se assinante do jornal “O Século” e adquiriu uma “telefonia” a bateria de carro para ouvir as notícias nacionais mas também servia para ouvir os “postos” estrangeiros em ondas curtas, nomeadamente, a BBC e “Rádio Moscovo” acerca da guerra que, embora proibidas e dos ruídos introduzidos para boicotar a audição, eram muito ouvidas dada a conhecida falta de independência e manipulação das notícias oficiais do regime salazarista.
Deste modo a Sociedade Recreativa Gorjonense foi uma inovação que civilizou os costumes rudes antigos, quer pela actividade recreativa com organização de bailes, festas e jogos quer pela actividade cultural com peças de teatro de sátira local ditas “Récitas”, leituras de jornais e audições rádio-telefonia, quer ainda na actividade social com festas de beneficência para angariação de fundos em prol dos muito pobres e doentes.

Para abrilhantar os bailes eram chamados os melhores e mais famosos acordeonistas e algumas vezes grupos chamados de “Jazz-Band”. Os bailes decorriam sob a ordem e vigilância da Direcção que não admitia provocações, desordem ou guerreias na sala nem gente a cuspir no chão ou com chapéu na cabeça.
As raparigas mais prendadas passaram a frequentar o baile e serviram de modelo para as outras que passaram a ir à cabeleireira fazer permanentes vistosas e rapar as pernas cabeludas até então considerado um símbolo atractivo da sexualidade feminina.
Os rapazes passaram também a tomar em conta o modo de vestir e apresentar-se, como pretendentes, face às “moças” de seus olhados. Sobretudo, os rapazes passaram a não usar botas cardadas ou sapatos e peúgos rotos, que logo eram notados, pelas mães e avós das moças, como referências pouco abonatórias para pretendente a suas filhas e netas. Também eles passaram a usar fato completo feito por medida no alfaiate profissional, anéis vistosos ditos “cachuchos”, gravata com alfinete, sapatos engraxados e até alguns apresentavam-se com penteado às ondas feito na cabeleireira,  muito ensopado e cheiroso de brilhantina.
Também as “moças” raparigas tomaram-se mais discretas e cuidadosas nas “tampas” ou recusas de ir dançar com alguns moços, ou porque não gostavam do moço ou porque já tinham “par certo”. “Tampas” essas que antes tinham sido motivo forte de grandes desordens e guerreias nos armazéns de “trazer balho”.
A nova ordem estabelecida e aceite voluntariamente impunha a observância de igualdade de respeito mútuo, mesmo entre locais e vindos de fora, o que permitia maior troca de contactos e conversas entre moças e pretendentes e, deste modo, alargava-se a liberdade de escolha no enamoramento entre moços e moças em detrimento da vontade de pais, mães e avós.
  
Assim, tal como para as “moças” raparigas e “moços” rapazes a Sociedade Recreativa foi uma força civilizadora face a hábitos e costumes antigos, também para os pais e irmãos mais velhos o foi por vivência própria com regras e influência prática e próxima de seus familiares jovens. 
Sob a ordem imposta pelos Estatutos, levados à risca por uma Direcção de homens fundadores respeitados, foram interditos os jogos de valentia como o “jogo do teso” ou “abarcas” e "despiques" de jogos de pernas e cajados, que eram vulgares nos antigos armazéns de “trazer balho”. 
Como medida preventiva, à entrada, os grossos e nodosos cajados de fabrico próprio para serem os mais resistentes e dolorosos nos jogos, eram deixados na Direcção e só devolvidos à saída.
Progressivamente os novos hábitos e comportamentos foram tomando conta do dia a dia até que, ser o mais valente ou o que aguentava beber mais, deixou de ser símbolo de força e virilidade.

Sob a Bandeira bordada, o Hino e Marcha próprias, criadas por figuras artísticas locais ou amigas, cantados por grupos de jovens gorjonenses e escutados silenciosa e respeitosamente por todos de cabeça descoberta e chapéu na mão, a Sociedade Recreativa tornou-se um símbolo muito forte de identidade e unidade do povo de Gorjões e seu maior orgulho.
Com os Estatutos aprovados e sua consequente aplicação o povo pode conhecer e apeeender pela primeira vez como, por via prática, se exercia o aspecto mais fundamental da Democracia: o voto livre. E não deixa de ser irónico que um poder político que escondia, proibia e reprimia ferozmente o ensino e qualquer organização ou expressão de Democracia na sociedade portuguesa, tornasse uma exigência obrigatória, nos Estatutos das colectividades ditas Sociedades Recreativas, o uso de processos democráticos. Pois regulamentava um período findo o qual toda nova Direcção tinha de ser eleita em Assembleia Geral pelos sócios pelo método democrático de um sócio um voto.
Quer as discussões travadas com as pessoas propostas para nova Direcção quer, sobretudo, o facto de posteriormente haver uma escolha por voto livre, fez alertar e crescer em muita gente uma consciência democrática antes desconhecida. Aprenderam o que significava a liberdade de escolher pelo voto livre pessoal e passaram a perceber e apreender porque lá fora os Presidentes mudavam de tempos a tempos e por cá só mudavam por morte. 
Na totalidade da sua acção pode dizer-se que a Sociedade Recreativa foi uma escola de educação cívica e ética que pela sua prática virtuosa no uso e defesa de progressos civilizacionais durante gerações, ensinou os novos gostos, maneiras, valores e comportamentos racionais marcando a sua criação o momento de entrada dos Gorjões na modernidade.

 (continua)

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terça-feira, novembro 17, 2015

A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS 3


 
 A CASA DOS ALTOS
  
A IDEIA FEITA SONHO CRESCE E CONTINUA

Foi já no encalço do cumprimento de execução dessa ideia visionária que, logo após o seu regresso de França iniciou, a passo largo, a construção de casas para instalar “vendas” e os Mestres de artes e ofícios dedicados ao fornecimento das necessidades básicas locais. 
E, concluída esta primeira fase de instalação e consolidação do apoio à auto-suficiência industrial-artesanal e comercio local, lançou mãos à construção de uma casa para habitação própria sobre a casa de “Venda de Mercearia”, a primeira casa do local construída para habitação sobre os altos de outra casa com acesso independente por escadaria a partir da rua pública.
Pelo inédito de tal construção, de imediato, a casa foi designada como a “Casa dos Altos”, concluída em 1940. Mais tarde, pelo processo de simplificação da oralidade linguística popular o local passou à designação de “os altos” e por fim, e até hoje, conhecido como “o Alto”.
  
A execução e concretização de seu sonho francês levava já vinte e dois anos e estava, na sua ideia original, concluído. Contudo, para alguém com pensamento visionário, o sonho vive em estado de movimento perpétuo. 
No ambiente da barbearia do objectivo e inteligente cartesianismo prático de Mestre Bota, o mais perspicaz a propor e provocar conversas audazes chamariz, análises e discussões qualificadas sobre a guerra de 1939-1945 em curso e assuntos de interesse local, os Mestres artesãos, pequenos proprietários, comerciantes e antigos combatentes de La Lys juntavam-se frequentemente para falarem da guerra, de Salazar, da comparação entre o Estado Novo e a democracia francesa que muitos viveram durante a Grande Guerra, do estado do mundo e sobretudo da actualidade e futuro do seu sítio de Gorjões. 
Observavam e falavam de que nas Cidades e Vilas as populações, pelo dinamismo de seus comerciantes e Mestres artesãos locais, tinham criado Sociedades Recreativas nos bairros centrais e o movimento estava alastrando pelas Aldeias próximas.
No local propício à discussão séria da barbearia de Mestre Bota, um grupo de dezoito conceituados e respeitados Mestres, pequenos e médios proprietários de terras, juntam-se para criar, organizar, instalar e dirigir a designada Sociedade Recreativa Gorjonense. Entre eles está, inevitavelmente, o Estanco que já residia na sua “Casa dos Altos” acabada de construir. 
E, dado os antigos armazéns de vender vinho e aguardente de "porta aberta" e “trazer balho” aos domingos, não terem a dignidade requerida para a nova maneira organizada, ordeira e respeitada de trazer baile para sócios sob estatutos e regras a cumprir o grupo fundador decidiu, como melhor local e solução para instalar a Sociedade Recreativa, ocupar a parte maior e mais nobre da “Casa dos Altos”. 
Uma sala grande em L virada a Sul e dois quartos anexos, com sete janelas e uma varanda serviram, durante quase dez anos, respectivamente de Sala de Baile, Direcção e Bufete.

O sonho foi tomando formas e estas sugeriram novos sonhos e novas formas num processo sempre inacabado. A ideia visionária entrara em modo de criação e parto automático. 

 (continua)

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terça-feira, novembro 10, 2015

A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS 2



A PRIMEIRA CASA; A IDEIA EXISTIA INCONSCIENTE  

Com a mesma têmpera dos seus antepassados, com 20 anos, numa esquina do cruzamento dos caminhos para Faro com o dos Poços Públicos, demarca por meio de um alto muro de pedra uma parcela grande de terreno do sogro e contra a vontade deste, inicia a construção de uma casa própia dedicada a instalar um negócio de “venda” de taberna, que conclui em 1915.
Regressado, via Marrocos, da debandada militar na frente de La Lys em França, após ataque brutal de gás, fogo e aço pelos alemães em 9Abril1918, dá início à construção de casas para “venda de mercearia” e “forno de padaria” que conclui em 1925. 
Com três portas abertas ao público, taberna, mercearia e padaria, continua trabalhando com o pai nas estradas como Mestre Capataz Geral encarregado dos traçados e nivelamentos e, com os rendimentos do seu trabalho e dos negócios das “vendas”, no mesmo local constrói mais casas para instalar o Mestre barbeiro, o Mestre sapateiro e o Mestre mecânico de “casa das bicicletas”. O Mestre ferreiro-ferrador, amigo de escola, foi buscá-lo a Bordeira e convidou-o a instalar-se no local em casa vizinha. Mais tarde faria também um armazém para instalar o Mestre carpinteiro.


A IDEIA DESPERTA; O SONHO NASCE

A sua incorporação como recrutado no CEP, Corpo Expedicionário Português, com guia de marcha para  "A Grande Guerra” em La Lys na Flandres francesa, via desembarque na Bretanha e comboio até à frente de combate, permitiu o contacto directo com as populações das aldeias francesas locais e mostrou-lhe uma realidade bem diferente daquela que conhecia na sua terra.
Nesse contacto vivido junto das aldeias ao redor do acampamento do CEP em Air-sur-la-Lys, entre Armentiére a la Bassée e Merville a Bethune, constatou que as populações dessas  aldeias viviam associadas e organizadas à volta de colectividades que organizavam os eventos festivos tradicionais ou domingueiros como os bailes, teatro, jogos, etc. Além disso as aldeias eram auto-suficientes de oficinas de artes e ofícios para apoio dos trabalhos rurais assim como de casas de porta aberta ao público para comércio de abastecimento e convívio do povo à volta duma mesa de jogar às cartas, tomar uma bebida e conversar acerca dos trabalhos diários da terra, da guerra, da família, dos amigos, da vida e da morte.
A observação atenta de tal modo de convivência social ordeira e harmoniosa nestas pequenas comunidades francesas, fez revelar e nascer em sua mente futurista irrequieta a ideia visionária de transpor para a sua terra natal este modelo civilizacional avançado que permitiria acabar com hábitos ainda reminiscências de rudezas medievais. 
Ficara convicto que no pós-guerra o estilo de vida das pequenas comunidades que vira em França, mais tarde ou mais cedo, haveria inevitavelmente de chegar à sua aldeia e aldeias de Portugal. Então pensou firmemente que o ideal era apressar o cumprimento do futuro.
O ideal tornou-se sonho e este começou a ser pensado e ter formas.  
 (continua)

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sexta-feira, novembro 06, 2015

A UTOPIA DE JOSÉ PINTO CONTREIRAS 1


FORMAÇÃO; "O LOUCO"

Havia um ruído de conversa na Capela de Santa Catarina de Gorjões e o padre, incomodado para se fazer ouvir no sermão, levantou a voz e disse:
Calados. Estejais calados! Esta é a casa de Deus e deveis estar em completo silêncio e respeito sobre este chão sagrado.
Uma voz do fundo da Capela respondeu: Mais sagrado é a terra que dá o pão e cria os animais que nos ajudam e alimentam.
O padre levantou alto a voz e perguntou: Quem falou? Quem falou?
E a voz do fundo respondeu: Fui eu, fui eu, e repito, mais sagrado é a terra que dá o pão e cria os animais que nos ajudam e alimentam como os ratos que os soldados portugueses comeram nas trincheiras de La Lys para não morrer de fome.
Fez-se burburinho e de seguida alguns homens saíram da Capela entre eles o homem do fundo que respondera ao padre.

Era um descendente em quarta geração da família que nos finais do Séc.XVI se instalou nas terras frescas e planas da Caramujeira com plantação, seca e venda de tabaco naquele tempo chamado negócio de “estanco” que, por sua vez, deu nome ao local, ainda hoje dito Estanco, e aos descendentes dessa família original, gerações depois, baptizados e registados com o nome “Estanco”.
Chamava-se José Pinto Contreiras e era filho de Maria da Conceição Estanco, mulher seca, severa e austera, e Manuel Pinto Contreiras, homem gordo sereno e bondoso, pequeno proprietário que foi em sociedade com os dois outros Estanco, seus cunhados, dos primeiros empreiteiros de caminhos, pontes e estradas do Algarve ainda no Séc.XIX.

O Pai Manuel, depois da aprendizagem das letras e contas na “Escola Paga” de Mestre Raul obrigou-o a frequentar a “Escola Oficial” em Santa Bárbara de Nexe a cinco kms de distancia que todos os dias tinha de fazer a pé por caminhos de pedras à ida e vinda.
Foi, nos primeiros anos do Séc.XX, dos raros miúdos locais a escolarizar-se com a 4ª classe. Depois como rapaz e adulto tornou-se interessado pela leitura de jornais e livros e acompanhava as discussões político-ideológicas entre os vários partidos que combatiam a monarquia na altura.
Aplaudiu e acompanhou a implantação da República, a discussão ideológica e consequente formação de partidos, conheceu Raul Proença que casara com uma parenta sua e que o influenciaria muito pela leitura da Seara Nova, Blasco Ibañhez, Victor Hugo, Proudhon e outros.

À sua humanidade amiga da vida das pessoas que desejava vivessem numa sociedade solidária harmoniosa progressista, aliava a sua formação cultural adquirida pela leitura de pensadores considerados vanguardistas próximos do seu entendimento e visão do futuro.
Foi, tendo como suporte essa visão para além do seu tempo que, enquanto realizava os trabalhos para execução da sua utopia local, contra a mentalidade corrente e familiares, após a conclusão da Escola Primária, mandou estudar para Faro todos os filhos depois dos dois mais velhos.
Uma aposta no futuro que foi uma ousadia pioneira no Sítio e rara na Freguesia, que valeu a todos atingir níveis acima da escolaridade primária e a três desses filhos, com meios escassos, atingirem um nível de estudos superior.
Estas medidas inéditas, tomadas num meio rural instruído por uma sociedade elitista que ensinava e educava no sentido de instituir uma mentalidade moral tradicionalista baseada nos valores e trabalhos da terra e dos ofícios para a população pobre e remediada, foi mais um choque emocional na mente e opinião ingénua do povo que, perante esta estranha e incompreensível visão deste Homem que até falava e previa o amor livre no futuro levou, os julgados mais espertos e avisados mas na realidade mais limitados e ignorantes, não raras vezes, a lhe chamaram de "louco".

(continua)

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terça-feira, novembro 03, 2015

Boccherini - Fandango - Castanets

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segunda-feira, novembro 02, 2015

Sérgio Godinho - Demónios de Alcácer Quibir

A NOITE DO MEU BEM - DOLORES DURAN