quarta-feira, agosto 29, 2018

O ELEITOR ESTRATEGA: O ESTRATEGA FURTIVO

 O estratega furtivo é o tipo de eleitor independente atento a todos os pormenores da política. São eleitores que se expressam, nomeadamente, na crítica política nas tertúlias de amigos, blogues e outros meios e se pensam altamente esclarecidos da vida política e social por cá e no mundo sobre as quais opinam no comentário, sobretudo, nas redes sociais.
Este estratega do voto tendo, normalmente, o seu ideal político referênciado e bem definido estuda atento os programas, os discursos, as entrevistas, os cartazes e declarações avulso dos personagens mais representativos do seu ideário político.
Se alguma dessas personagens, em alguma altura, sai fora do considerado correcto esse facto fica logo assinalado e se outra volta a cair no mesmo "erro" ou repetir um "erro" novo o nosso eleitor furtivo fica em alerta e ameaça furtar-se ao voto no lugar do costume e mudar do lugar tradicional para os lugares próximos ao lado ideologicamente.
O eleitor furtivo tem uma estratégia oposta ao do eleitor conservador, enquanto este não sabe nem quer saber se durante a campanha há declarações desviantes da "linha" correcta porque o que conta são os valores matriz e prática já experimentada, aquele está de olho atento a qualquer "desvio" e logo se queixa e ameaça com o seu voto porque para ele não conta sequer medidas certas conforme ao momento, isto é, o tacticismo político.
Também, ao contrário do eleitor conservador, para o eleitor furtivo, o que conta é a sua coerência e firmeza ideológica a qual não admite que o partido subverta ao de leve e muito menos de forma grosseira e, por conseguinte, qualquer considerado desvio à linha correcta é tomado como uma burla e um atentado à coerência do próprio eleitor. 
Este eleitor não admite qualquer subversão aos valores e princípios ideológicos que aprecia ao pormenor e cuja observância são escrupulosamente a medida mais forte exigida para a troca com o seu voto. 

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segunda-feira, agosto 27, 2018

O ELEITOR ESTRATEGA: O ESTRATEGA CONSERVADOR


Desde que há eleições livres em Portugal que reparo que os eleitores usam algumas estratégias pessoais para elegerem quem confiam para dar o seu voto.
São todos extraordinariamente zelosos do seu voto e todos decidem o quadradinho de sua cruzinha eleitoral segundo uma estratégia há muito pensada e utilizada mas também, mais ou menos, sempre revista e atualizada.
Há vários tipos gerais de estrategas eleitorais.

O estratega conservador que se decidiu há muito tempo por uma cor política e não muda mais, ou raramente o faz, porque entende que tal cor nunca o desiludiu e jamais o fará. A sua estratégia é mimética do futebol segundo um estado de comodidade ligada à tradição da "cor clubista" futebolística aplicada à ideologia política.
No fundo será uma estratégia de experiência feita e adequada a quem não acompanha a fundo o manobrismo e manipulação da política mas a quem certos factos desonestos não lhes passam desapercebidos e não gostam nem aceitam tal como pessoas boas e sérias que passam totalmente os dias ocupadas no seu labor diário.
A sua experiência política é nula mas o seu sentimento activo e prático da política leva-os a acreditar no partido cujo ideário político é mais consistente e menos muda ou oscila e por conseguinte menos engana o inexperiente.
O eleitor conservador premeia, sobretudo, essa constância ideológica com a sua constância do voto. A coerência política do partido é tomada como se fora uma pessoa séria e honesta igual a si próprio, o votante.   
A estratégia deste eleitor limita-se a sentir uma ligação de coerência do partido consigo próprio que lhe dá confiança no voto e lhe dita a fidelidade.

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segunda-feira, agosto 20, 2018

PACHECO, ELE MESMO, SEMPRE


                                           JPP
«Eu não sei qual a responsabilidade do Governo, mas terá certamente muita.»

«No entanto, neste caso, gostaria de saber mais, saber até que ponto um número significativo de casas foram salvas sem os bombeiros e como.»
«o País e o seu povo são pobres, ainda muito pobres. Entre outras coisas vejam (nas entrevistas da tv) o número de pessoas que não têm dentes, que se percebe que nunca tiveram cuidados dentários.

Pacheco Pereira em "OS FOGOS E O TRATAMENTO SUPERFICIAL DE UMA COISA SÉRIA" na "Sábado"

Três casos típicos da maneira característica (de carácter) de Pacheco abordar as questões.
N0 primeiro caso inicia a análise afirmando que não sabe qual a responsabilidade para de imediato concluir o pensamento com a afirmação algo categórica de que é muita essa responsabilidade. Se desconhece o grau de grandeza de uma quantidade como pode afirmar de imediato que é muita, isto é, que é de grau muito elevado.
Claro, flores de retórica sofística.

No segundo caso, este ainda mais frequente em Pacheco, acerca de casas salvas sem ajuda dos bombeiros, ele confessa que sabe pouco ou nada e de pronto assinala imediatamente que gostava de saber mais e outros dados e pormenores para se pronunciar do seu sentimento e opinião acerca do caso.
Contudo, entretanto, já se pronunciou pouco clara mas subrepticiamente pouco escondida declarando a sua “sensação de que se estivessem perto de suas casas podiam salvá-las”.
Ainda neste caso Pacheco parece continuar fazendo o “frete” ao “cm” pela sua pensão de opinador na “Sábado”. 
O “cm”, que segundo Pacheco é o jornal que procura as notícias que interessam ao povo e lhe são úteis, a certa altura em Monchique mostrou uma família a apagar com uma mangueira doméstica um pequeno monte de pasto seco ajuntado junto de casa à beira da estrada onde não se avistavam quaisquer vestígios de fogo de incêndio nas matas ao redor nem, claro, bombeiros próximo. Quase deu a sensação imediata de uma encenação para a câmara de “reportagem” da “cmtv”.
Deve ser imagens como esta que levam Pacheco a imaginar que os moradores equipados de pequenos depósitos de água e uma pequena electrobomba e mangueira de apagar fogareiros podem ser capazes de enfrentar as labaredas gigantescas do fogo incendiário da floresta lançado à velocidade do vento. 
E nem se lembra que tal fogo imparável da mata ou eucaliptal a arder, certamente, quando se aproxima da casa já queimou os cabos de ligação eléctrica à casa e nenhum aparelho eléctrico funciona de apoio à mangueira de regar o jardim.
No terceiro caso leva-nos a pensar num Pacheco que, a ver televisão, se sente numa feira de animais a fazer de aprendiz de cigano ou negociante de gado a verificar a boca dos cavalos ou muares para, pela observação dos dentes, saber a idade e valia dos mesmos animais.
Para ele a pobreza em Portugal mede-se pela observação de bocas desdentadas de portugueses dos campos e serras do país. Ele, um intelectual pensador, nem se lembra que poderá tratar-se mais de uma questão cultural do que de verdadeira pobreza. Ou, se se quer falar de pobreza seria mais adequado  falar de pobreza cultural na continuação da tradição de cuidados e tratamentos de saúde da escola de instrução sanitária salazarista.
Porque, salvo raras excepções, os homens que ainda continuam e subsistem na serra são sempre pequenos e médios proprietários que exploram pequenas parcelas que, no caso de Monchique, são de floresta de eucalipto mas também de castanheiros, medronheiros ou sobreiros donde retiram um maior ou menor rendimento anual que não é de dimensão do miserável.  
O seu modo de estar à vista na vida do dia a dia como camponês que labora todo o tempo na terra e com animais de criação doméstica dá-lhe o ar artificial de sujo e miséria mas isso é a aparência que adopta de moto-próprio culturalmente como modo de defesa pessoal e de seus bens e teres.
Os seus trajes podem ser de pedintes, as suas bocas podem ser desdentadas ou não ter dentes, o seu falar de homem do campo a sério, não o do que corre para o microfone aliciado pelas "tv" para despejar o saco de opiniões feitas, é de quem sente e diz dos incêndios da floresta que são o resultado de uma ganância.
Pacheco, historiador falhado político, assentado nos cadeirões dos estúdios das "tv" ou da casa da Marmeleira rodeado de livros e papelada do lixo das campanhas eleitorais não tem vida ou história pessoal para entender a vida do homem do campo. 
E desse modo é ele próprio que, sem vida prática para conhecer os problemas do campo, dos portugueses e dos fogos,  acaba por ser o maior autor de superficialidades acerca de coisas sérias.
Pacheco, ele mesmo, sempre.

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domingo, agosto 12, 2018

FÁBRICA DE CORRUPTOS POR PROSTITUIÇÃO


Uma Grande Fábrica de produzir corruptos, para além da gigantesca máquina burocrática do Estado, é a TV.
Entrar nesta é mais apertado pois é ela própria mais pequena e fechada como também selecciona muito privada e criteriosamente a sua matéria-prima. Normalmente selecciona entre gente que no seu percurso de especialização já granjeou suficiente crédito em alguma área intelectual e que ainda mantém intacto, junto do Zé Povinho, o poder de o arrastar para o seu ideário políco-social.
O caso modelo é o "governo-sombra" da TVI.  
Estamos perante uma espécie de “atracção fatal” exercida pelo poder de “persuasão financeira" irresistível das TV. Estas convidam o intelectual da moda com credibilidade para comentador oficial a quem pagam principescamente e de mansinho vão criando ao convidado uma dependência financeira de tipo pensionista, mensalidade metódica, certa e sem falhas temporalmente e crescentemente valorizada que se vai tornando rotina e depois necessidade viciosa indispensável mês após mês e cada vez mais forte se torna ao fim de cada mês.
Qualquer relação independente que se estabelecera entre o intelectual com a TV torna-se um jogo e a “pensão” um vício incontrolável para o jogador. Neste ponto de dependência inescapável face às TV estas, atentas, sentem que podem desde agora comandar e colocar a opinião do contratado em sintonia total com a opinião editorial da casa que por sua vez, por um processo semelhante de prostituição financeira, já está totalmente sincronizada com os interesses patronais.
O fedorento-mor inicialmente ainda ensaiava umas tentativas de defesa das posições bloquistas mas, lenta e progressivamente, começou a alinhar alegremente com o Tavares que estava lá precisamente para o papel de não, fazer o confronto de opiniões, mas de ir amansando e domando qualquer rebeldia da linha "acreditada" pela estação. 
Também, o fedorento-mor, já havia enriquecido como prostituto fabricado pela PT que o colocou no mercado cigano de vender produtos MEO a troco de piadas e engraçadismos enganosos.
O Mexia é um caso semelhante talvez com contornos algo diferentes. Este era conhecido nos meios literários como poeta e crítico literário ao qual, sendo ele ideologicamente de uma direita social cristã, os media logo tomaram de o tratar com deferência e aceitabilidade nas revistas e suplementos da especialidade. 
Parecia querer dedicar-se aos seus trabalhos e estudos poético-literários e os seus escritos eram limpos de ideologia, piadismos, engraçadismos, troças e troca-tintas políticas. 
Mas não resistiu à "fatal atracção" do poder persuasivo da TV. 
Certamente começou a gostar mais da vida boa e tornou-se mais audacioso para satisfazer os gostos. Ainda agora ele tenta dar explicações lógicas fundamentadas mas, como intelectual de direita bem letrado, tais fundamentações vais buscá-las sempre ao arquivo filosófico que propõe a total precedência do individualismo sobre a comunidade. E desse modo encaixa-se sempre, com ligeiras variações, na conformidade com os pensamentos emitidos pelos seus camaradas “críticos” fedorentos humoristas, moralistas ou piadistas mas sempre fretistas.
A produção de corruptos por prática de prostituição nos media e TV já tem dezenas de anos e teve como exemplo mais visível o Vasco Pulido Valente.
Pacheco Pereira é, actualmente, o representante visível e facilmente detectável que pulula por todo o tipo de média. O Pacheco também não resistiu e fez o frete de “pensionista” da “Sábado” com a apologia do “cm”, o "jornal que procurava e dava as notícias que interessavam aos leitores” e lhes eram mais "uteis”. 
Uma visão utilitarista com elevada utilidade para o próprio e não desinteressada segundo uma fundamentação filosófica. 
A grande perigosidade deste tipo de corrupção por prostituição está em que esta gente trabalha nos media como fazedores de opinião pública e desse modo, por sua vez, tornam-se factores multiplicadores exponenciais de corrupção de mentalidade da grande massa de povo impreparado.    

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quarta-feira, agosto 01, 2018

A GALINHA DE CRISTAS SEMPRE AO ALTO QUER SER GALO


Empertigada, arrebitada e insolente como uma galinha que quer demonstrar que é o galo da capoeira lá de casa a nossa deles, Cristas política, está permanentemente empoleirada nos microfones dos media para querer, obrigar, exigir, ver e saber tudo em pormernor do que os outros fazem ou fizeram.
Ela é, acha-se, a rainha das capoeiras onde todos, galinhas e galos restantes, lhe devem explicações detalhadas, concretas, especificadas e tão prontas e urgentes que os próprios inquiridos ainda nem sequer sabem nada do assunto pelo qual ela, inquiridora alvoraçada, pergunta e pergunta e quer saber e saber sem querer saber de mais nada senão daquilo que ela quer saber.
Isto é, é mais rápida que o conhecimento adquirido pelos outros sobre os assuntos. É mais rápida a perguntar que o adversário a procurar saber. E só pergunta e quer saber o que ela quer saber pois do que os outros sabem de si e dos seus ela nem os ouve para não saber.
Todos temos visto como ela exige saber tudo sobre tudo acerca do roubo no paiol militar de Tancos e rapidamente e em força, imediatamente. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária Militar, pela Polícia Judiciária Nacional e pelo Ministério Público que ainda não se pronunciaram sobre o caso o que indicia que pouco ou nada sabem sobre o caso. Ou no caso do MP, presume-se, apenas sabe o conveniente para ir, como é seu hábito, alimentando na praça pública o que convém à corporação e inconvém ao governo dado o que já fez passar ao povão através do jornal Expresso para gáudio e alvoroço figadal da dita Cristas.
Mas nada pode fazer esperar a exigente, desinibida e feroz moça Cristas que quer que seja o ministro civil da Defesa a dar explicações de tudo e como tudo se passou. É tal a sua fixação na exigência ministerial que até se esquece que o responsável e Chefe Máximo da Tropa é o Presidente Marcelo.
A sua gritaria acusatória ao ministro é tal que faz crer ao pagode que é mesmo o ministro, e implicitamente o governo, que sabe e não quer dizer o que se passou numa tentativa burlesca de subliminarmente acusar o ministro de assim, mantendo-se calado, ser cúmplice ou mesmo co-autor no roubo aos paióis de armas. 
É uma pena que a moçoila Cristas não actue com a mesma façanhuda vontade e santa sanha de desvendar outros roubos que acontecem diariamente e sobretudo alguns roubos gigantescos e extra-extraordinariamente tão incomuns que mais parecem milagres.
Por exemplo, o incrível, o inexplicável, o impensável e inacreditável extraordinário "apagão" no sistema de controle da Autoridade Tributária do Núncio que, qual milagre a propósito, coincidiu precisamente com a transferência de cerca de dez mil milhões de euros para paraísos fiscais off-shore que, desse modo, ficaram escondidos e a salvo de impostos.
Se se pode acontecer uma coincidência tão extravagante como esta de responsabilidade do Núncio porque razão não podemos pensar que no caso Tancos ou não houve roubo de armas ou houve também uma coincidência a propósito!
Força Cristas, allez-y Cristas, busca Cristas que se no caso Tancos, com militares, é perigoso no caso Núncio é fácil pois estás em casa entre amigos. 

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