segunda-feira, outubro 30, 2017

CRCG, CONVÍVIO 2017

sexta-feira, outubro 27, 2017

"A MANCHA" DE UM FALHADO POLÍTCO

 

A mancha

 [Sócrates] Foi primeiro-ministro e devia saber, sabia de certeza, o que significa viver numa economia de cash em maços de notas. E depois? Como era? Pagava também ele tudo em dinheiro vivo? Pedia facturas? Declarava aos impostos o que devia declarar...?  
Pode-se ter amigos cujo comportamento é ou foi pouco ético, ou até, no limite, que tenham cometido crimes. Pode-se continuar a ser amigo deles, respeitar e estimar outras qualidades humanas. Mas não se pode em nome da amizade, legitimar o que de errado fizeram. Ainda mais do que isso: ajudar a justificar, apagar, rasurar, esquecer, olhar para o lado, colaborar, então isso significa ser cúmplice. Se as razões dessa atitude forem políticas ou resultado de uma qualquer abstrusa tese conspirativa, então ainda pior.

O acto do Porto foi uma manifestação política pública, não foi uma apresentação de um livro de autoria indefinida, atribuído a José Sócrates. Como tal deve ser julgado, política e civicamente. Neste caso, as pessoas que no Porto lhe foram prestar vassalagem, render homenagem, dar solidariedade pública, não podem alegar ignorância de coisa nenhuma. Algumas podem ser inocentes e achar que é tudo uma enorme perseguição ao homem, o mesmo homem que justifica ter recebido "ajudas" de um amigo em dinheiro vivo, porque ele assim o desejava. Este homem foi primeiro-ministro e devia saber, sabia de certeza, o que significa viver numa economia de cash em maços de notas. E depois? Como era? Pagava também ele tudo em dinheiro vivo? Pedia facturas? Declarava aos impostos o que devia declarar mesmo com essa economia, para não lhe chamar outra coisa, "informal"? E por aí adiante. É possível pegar apenas nas suas justificações, sem precisar de uma página do processo, para compreender que ele nos toma por parvos. Fora o resto.


 Pacheco Pereira na "Sábado"
 

O incompetente político, amigo colaborador íntimo de Cavaco, Duarte Lima & Durão Barroso durante anos, vem-nos despudoradamente informar que, apesar das corrupções e crimes destas personagens pavorosas, ainda assim, pode continuar a ser amigo deles, e "respeitar e estimar neles outras qualidades humanas". Aos que não têm a capacidade de respeitar e estimar as "outras qualidades" dos corruptos o Pacheco quer colar-lhes na pele de cidadãos livres uma "mancha". Qual? O hábito do condenado ao auto-de-fé pela Inquisição ou a estrela amarela dos condenados pelo nazismo!
Este figurão intelectual que apelida de cúmplice os que confiam na integridade de Sócrates, sobre quem ainda ninguém provou qualquer crime nem o MP após dez anos de feroz perseguição investigadora, vem este dilecto braço direito de Duarte Lima que toda Lisboa de negócios sabia corrupto até ao tutano e que enriqueceu brutalmente de repente mas, sobre o qual, Pacheco nunca deu por nada, nunca cheirou ou sentiu nada logo, ele não é cúmplice da corrupção e banditismo de quem convivia cu com cu nos bancos da AR, contudo, quem se atreve aproximar-se um instante do seu inimigo de estimação, " então isso significa ser cúmplice" segundo a doxa do Pacheco.
Nunca viu nada acerca do enriquecimento abrupto de Duarte Lima nem de vários ministros e secretários de Estado nem do próprio Cavavo e nem sequer dos muitos seus amigos do BPN. Contudo o Pacheco viu e vê corrupção e crime em todo o tipo de comportamento de Sócrates como pedir dinheiro a um amigo, usar notas em vez de cheques, por lançar livros no mercado que "não" escreveu ou por "pôr-se a jeito" e outras "criminalidades" gravíssimas para a sua moral inquisitorial de falhado político cavaquista vingativo.
Este farejador cheira em Sócrates corrupção em tudo que o homem tocou sem lidar com a criatura mas levou anos encostado aos altamente corruptos do cavaquistão e nunca lhe cheirou nada de nada, nadinha, mesmo quando o mau cheiro já impestava o país.
Também nunca viu e ainda hoje não vê o que todos já viram: a dimensão continental da corrupção de Durão que além do flagrante interno no caso dos submarinos elevou a parada à  dimensão de corrupto universal quando se vendeu a Bush, sob uma mentira global, para apoiar e declarar guerra ao Iraque a troco dos portugueses por um lugar de Presidente Europeu.
E, tu Pacheco, amigo de Durão e à espera do cadeirão prometido de embaixador na OCDE em Paris apoiaste a mentira e a guerra suja do Iraque. Nenhum português se lembra de obra que tenhas feito e deixado em prol do país mas todos nos lembramos das tuas idiotas visões onde topavas lá longe no Iraque armas de destruição em massa mas não topavas à frente dos olhos o enriquecimento ostentatório dos teus crreligionários  de partido nem vias no campo "vacas loucas" mesmo quando elas já eram uma potencial calamidade de saúde pública.
Sim, e não és cúmplice junto da opinião pública tal como Durão porque os media, tais como o "cm" e a "Sábado", que te pagam não te escarrapacham de forma acusatória e diariamente nas capas como fazem a Sócrates.
Não és cúmplice publicamente porque te corrompes vendendo a tua doxa apologética a esses pasquins para passares impune: apenas passas por não cúmplice junto dos ignorantes e embasbacados da tua maquiavélica sofística porque vendes corrupção mental bem paga a troco de insinuações irracionais e saltos ilógicos .

A verdadeira "mancha" deste requisitório de calibre inquisitorial és tu Pacheco, falhado político, tu sim és cúmplice do maior e mais descarado grupo de corruptos políticos que passam por um Presidente, um Primeiro Ministro e dezenas de ministros e secretários de Estado e, sobretudo, o teu Chefe de Bancada Parlamentar corrupto e pistoleiro acusado de assassinato a sangue frio de quem foste braço direito anos a fio.
Esta tua "mancha" onde revelas querer ser carrasco não só do acusado como até dos que privam com ele e acreditam na sua inocência prova de que a tua escola estalinista de juventude está-te incrustada na mente e salta de lá logo que queres abater alguém que te é superior politicamente e, quiçá, intelectualmente e do qual tens dor de cotovelo. Mas consegues ir além do teu saber estalinista aliando a essa mentalidade um saber de historiador acerca dos métodos da Inquisição. Pois o teu escrito acusatório moralista "a mancha" é digno de figurar nos manuais da dita Inquisição.
Realmente nunca foste tão descaradamente vil ao ponto de quereres condenar familiares, amigos e apoiantes políticos para que o homem seja condenado à morte lenta encerrado, isolado e escondido vivo numa masmorra cavernosa da "lepra" que lhe queres atribuir.
Não, não escreveste "a mancha" do teu inimigo político, não, o texto acima é o acordão de um julgamento político com sentença de pena de morte lenta sob um secreto desejo de maldição sobre um homem, seus familiares e amigos. Que, provavelmente, dada a barbaridade inquisitorial do teu pensamento, desejas que seja uma condenação trágica válida até à quinta geração ou para sempre.
Ifigénia foi imolada pelo pai para acalmar os deuses e a armada grega pudesse prosseguir viagem para Tróia, igualmente os pachecos deste país exigem sacrificiar Sócrates como exorcismo da imunda corrupção do mundo cavaquistão e catarse do povo da Nação.  
Também o grego Protágoras dizia que "O homem é a medida de todas as coisas" pois este teu maldito escrito é, precisamente, a medida da tua própria "MANCHA".
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quinta-feira, outubro 19, 2017

CONTRA O TERRORISMO: MILITARES


Caro Primeiro Ministro Dr. António Costa,
Já todos pensámos sobre os acontecimentos recentes acerca dos fogos e suas causas. Nestes últimos que assolaram o norte do país o número de fogos incendiados é inusitado e faz pensar imediatamente em mão criminosa.
Muitos portugueses se perguntam a quem servem estes fogos destruidores de vidas, floresta, casas e bens do povo rural das aldeias e já tendem a avançar e ameaçar pequenas e grandes cidades. Porque estes fogos só porque existem e causam danos onde quer que surjam tornam-se uma incrível e insultuosa fonte de receita para muita gente de elevado moralismo e revolta de boca e lágrimas fáceis mas falsas que no íntimo da mente só fazem contas de merceeiro manhoso.
Pensamos no circuíto dos trabalhos de apagar fogos e rapidamente concluímos que todos os intervenientes facturam e tem ganhos e, alguns ganhos insultuosos:
. Facturam obscenamente os que alugam os meios aéreos de combate aos incêndios.
. Facturam muito os vendedores de meios e materiais necessários aos bombeiros para combater fogos.
. Facturam intermediários nos negócios da madeira queimada e por fim as celuloses do papel.
. Facturam os reconstrutores de casas altamente subsidiadas pelo Estado.
. Facturam associações sociais e de recolha de donativos que depois ficam sem controlo.
. Também os próprios bombeiros são compensados por ajudas e regalias especiais e horários extra de trabalho.
Trata-se, portanto, de um circuito em cadeia onde todos retiram lucros em círculo vicioso. Logo, estabelecido e instituído na prática corrente este circulo vicioso lucrativo, a tendência é para se perpetuar, aumentar e refinar esquemas cada vez mais lucrativos.
E, neste caso, esquemas cada vez mais lucrativos significa organizações operacionais sofisticadas e consequentemente fogos e incêndios selectivos, abundantes, planeados e ateados para cada vez mais produzir efeitos e danos maiores sem olhar a consequências como se fora uma guerra.
Não é por acaso que se fala, e é já voz corrente, na existência de uma rede europeia de terrorismo incendiário.
Ora, se se trata de guerra terrorista, pensamos que tal combate só se pode fazer com militares. Assim sugerimos ao Estado:
A criação de três Unidades Militares especializadas na luta contra os fogos e o terrorismo incêndiário: uma a Norte, outra ao Centro e outra a Sul. O Comando total das operações de combate ao fogo no todo nacional seria concentrado na Unidade do Centro que seria Quartel General munido dos meios precisos e contaria com uma Força Aérea de combate a incêndios. Toda a estrutura de bombeiros e Protecção Civil e outras como camarárias, etc. estaria sob comando dos militares especializados em fogos.
O Código Militar habilita os militares a terem comportamentos patrióticos muito menos pressionáveis e muito mais incorruptíveis. Só o facto de saber que têm de enfrentar forças militarizadas armadas de mangueiras e tanques de água mas também de armas os incendiários vão pensar duas vezes antes de actuarem.
E sobretudo, estando todo o processo sob controlo de um Comando Militar especial e devidamente organizado em estrutura militar de controlo e comando, isto é, todo o equipamento para combate a fogos sob total propriedade do Estado e contolo das Forças Armadas, interrompe e destrói completamente o tal círculo vicioso que se estabeleceu e hoje existe instalado para benefício próprio dos incendiários.
Se se trata de uma guerra de terrorismo incendiário só pode ser combatido e ganha por um Exército com meios militares e de comando adequados ao tipo de terrorismo em causa.  

PS - Já tinha este texto escrito quando há pouco vi o Lobo Xavier, na "Quadratura", defender também a ideia de que se trata de um caso de guerra. Também ele pressentirá que existe uma frente organizada de incendiários com motivações altamente lucrativas financeiras? 
O Lobo considera ser caso de guerra e eu também só que eu considero, precisamente, que sendo um caso de guerra nesta fase trata-se da primeira batalha perdida e não da guerra que ainda só agora começou.      

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segunda-feira, outubro 16, 2017

COPOS NO PROCÓPIO

 Há qualquer coisa que indicia um malsão e inexistente estado de exceção no espetáculo do ministro das Finanças a entregar ao chefe do parlamento, tarde na noite, o Orçamento para 2018, seguindo depois para uma conferência de imprensa pela uma da manhã. É para apagar mediaticamente os "fogos" de Pedrógão ou as faúlhas de Sócrates? Seja por que motivo for, é preciso dizer de forma clara que, em democracia, as coisas não devem passar-se assim. Há rituais de serenidade e eficácia que devem ser respeitados, para que os cidadãos fiquem com a certeza de que quem os governa não anda "à bout de souffle", que as coisas do Estado estão em boas mãos e são tratadas nas devidas horas, que o tempo dos "homens sem sono" já foi chão que deu uvas. As madrugadas servem para um copo no Procópio, não para coreografias de Estado.

Fonte Blog "duas ou três coisa" por Seixas da Costa

O Senhor Embaixador pelos cantos do mundo e igualmente comentador do mundo pelos cantos e microfones de Portugal saíu-se com esta pérola crítica que, de um golpe, envolve o ministro das Finanças, o Presidente da Assembleia da Répública, o Sócrates, as coisas do Estado, as madrugadas e o Procópio. 

Na sua inusitada e a despropósito crítica salvam-se as madrugadas e o Procópio por que estão, para o Embaixador, adequada e especificamente um para o outro. E lembra-nos que os "homens sem sono" já não existem, foi chão que deu uvas, e certamente pela lógica do seu raciocínio tais homens sem sono hoje em dia vão para o Procópio  beber um copo.

No resto, Centeno, Ferro Rodrigues, Sócrates. o Estado e governo são motivo de censura porque "há rituais de serenidade e eficácia que devem ser respeitados" e de ter-se a certeza "que as coisas do Estado estão em boas mãos e são tratadas nas devidas horas". Segundo o Senhor Embaixador tudo no Estado, hoje em dia, deve ser tratado nas horas de "expediente" com horário de "guichet" estabelecido no contrato colectivo. O Chefe de Estado, os ministros, militares, magistrados e deputados devem respeitar horários contratados estabelecidos como qualquer vulgar funcionário público.

Portanto, o Senhor Embaixador sugere que:

Na madrugada de 25Abril1974 o Salgueiro Maia devia ter ido beber um copo ao Procópio.

As reuniões de Conselho de Ministros se devem fazer durante o horário de serviço de expediente e fora dele devem ir reunir-se no Procópio.

Nas reuniões de Chefes de Estados e Primeiros Ministros na UE o nosso Chefe de Estado e PM devem abandonar essas reuniões logo que elas ultrapassem o horário normal vigente para os funcionários da UE.  

Os militares em operações de guerra ou salvamento devem interromper os seu trabalhos logo que esteja ultrapassado o seu horário normal de serviço. 

A assembleia da Répública e os senhores deputados devem parar sempre os seus trabalhos sempre que esteja ultrapassado o seu horário normal estabelecido pelos próprios deputados e irem todos tomar um copo ou tratar das leis para o Procópio. 

Talvez não fosse por despeito do correto intocável cumpridor Ministro da Finanças mas sim para dar um ar do seu "british" mental cujo mito é: - amanhâ tomo nota disso e falamos -. Mas eu posso dar-lhe um exemplo do "fair-play" mental português, assim:

Em Angola em 1962 estávamos isolados no mato do Mucondo há cinco meses e um  Senhor Capitão aviador quis arrancar do acampamento sem levar uma carta-aerograma que um Soldado estava acabando de escrever porque tinha, argumentou o capitão aviador, de estar na Messe de Oficiais até tal hora em Luanda para jantar e ainda tinha de ir tomar banho antes e poder mais tarde ir tomar uma bica à Versailles. Um Soldado que ouviu tais argumentos face ao seu estado de isolamento cercado pelo inimigo 24 sob 24 horas sob condições mínimas de higiene e alimentação, puxou da arma a dois palmos do capitão piloto e gritou; o meu capitão não toca em um botão do avião ou leva já um tiro e fica aí para sempre tombado ao volante do seu avião. E a carta seguiu mesmo meia hora depois e o Capitão percebeu o recado e arrancou para Luanda contente do dever cumprido.   

O recado do Senhor Embaixador é, precisamento, o oposto daquele do Soldado naquela tarde-à-noitinha no Mucondo. E mais parece o resultado de Procópio a mais e senso a menos.

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terça-feira, outubro 10, 2017

LÓGOS, BIBLIOTECA DO TEMPO

Como previsto foi feita a primeira apresentação, aqui nos Gorjões,  do primeiro número da Revista LÓGOS - Biblioteca do Tempo, enquanto memória escrita de um projecto editorial e que se pretende venha a ser a memória futura de experiências literárias da contemporaneidade.
A propósito Patrícia de Jesus Palma fez um resumo histórico da publicação no Algarve da Revista Herald dedicada à escrita de jovens escritores que depois seria dirigida pelo pintor algarvio Carlos Porfírio o qual criou uma interessante movida literária algarvia também ligada à literatura francesa da altura liderada por André Breton, pai do surrealismo.
O pensamento novo inscrito e transmitido pela Revista Herald voltado para o futuro acabou sendo reconhecido e nomeado pelo movimento futurista de Lisboa dirigido por Almada Negreiros.
Esperamos e desejamos que a nova Revista LÓGOS tenha longa vida e agite o movimento literário algarvio com inovação e novo futuro.

terça-feira, outubro 03, 2017

Revista LÓGOS - Biblioteca do Tempo (Lançamento)



LÓGOS Enquanto conceito filosófico dá a razão, o sentido humano, o fundamento e o ser de algo , para conhecer, interpretar e criar. Palavra; linguagem; assunto; pensamento; racionalidade; fundamento; causa; valor; argumento; narrativa; razão íntima. Em consonância com estes princípios gerais, pretendemos dar voz ao pensamento crítico e reflectir sobre a experiência literária. 
                                                                                                      Editorial                                                                                                       Adília César
                                                                                                           

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