quarta-feira, janeiro 31, 2024

JANEIRAS EM SARNADAS 2024, ALTE

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segunda-feira, janeiro 29, 2024

O ÓDIO A SÓCRATES


O ódio a Sócrates é o ódio do passado ao futuro. O ódio a Sócrates carrega o mesmo ódio de há 2500 anos suportado pelo Sócrates e Péricles gregos, os quais, um foi condenado à morte e o outro a prisão ambos acusados de corrupção, moral um e venal o outro. O mesmo ódio acumulado nos ostentatoriamente grandiosos palácios e castelos pela nobreza da Idade Média que mantiveram o passado a ferro e fogo até à Revolução Francesa. O mesmo ódio que o passado, após o Renascimento, impôs à ciência desde o séc. XVI a partir de Copérnico até Galileu no séc. XVII e que teve reminiscências na Europa como em Espanha com Franco e em Portugal ond subsistiu sob a censura e força da Pide durante todo o regime salazarista.
Esse ódio do passado ao futuro renasce sempre contra alguém que acomete contra a quietude e confortos estabelecidos possidentes. O nosso Sócrates era um visionário e um homem assim não pode ser medido pela trivialidade rasteira dos medíocres que pululam no interior da existência humana. Nele, ao contrário dos calculistas que pensam os outros por si, nunca foi visível ou sequer existiu qualquer momento de calculismo ao avançar determinado e ciente do que pretendia para o país. Trazia consigo uma utopia própria para fazer sair Portugal da modorra e estagnação de séculos, apesar de saber que o país é pequeno e pobre de bens naturais. Animava-o a força de uma utopia para Portugal e estava disposto a meter mãos à obra mesmo com os meios limitados de que dispunha. E para isso juntou a si um dos maiores cérebros do país, Mariano Gago, como ministro da ciência e tecnologia e estabeleceu um programa ambicioso de projetos na área das ciências da tecnologia e inovação como nunca fora visto.
Ainda hoje, quase tudo o que se vai fazendo ou discute como necessidades do país, faziam parte do seu entusiástico e ambicioso plano possível para desenvolvimento de Portugal.
Os corruptos medíocres a soldo do passado antigo e do mais recente salazarismo, sempre agarrados aos poderes pessoais adquiridos e estabelecidos, impotentes de o travar politicamente, usaram, de forma democraticamente corrupta, um dos pilares do poder democrático não só para o derrubarem como para o destruírem pelo julgamento, publicitário ininterrupto, na praça pública induzindo na mente do pagode ignorante tratar-se de corrupção o que era um carácter obstinado na defesa do progresso em Portugal.
Claro, um tal homem, jamais pode ser julgado por homenzinhos ou homúnculos como aquele que está na foto ao fundo acompanhado de outros iguais ou semelhantes e todos rodeados de prazeres de mesa farta e estantes de garrafas do fino para saborear vitórias pírricas deles e derrotas históricas de Portugal.
O verdadeiro julgamento ainda não foi pronunciado mas já é previsível e pronunciável; passarão todos à história como cavacoisos.

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quarta-feira, janeiro 24, 2024

QUANDO AS "CHAROLAS" ERAM JANEIRAS

QUANDO AS "CHAROLAS" ERAM JANEIRAS

Quando as ''charolas'' eram janeiras

de pranto e canto ás verdadeiras

tradições milenares tardias

era seu maneirismo o serem vadias

à imagem anti-estilo de J.Contreiras.


Quando as ''charolas" eram janeiras

as noites duras eram ligeiras

para moços atrás dos foguetes

pelos caminhos atrás de banquetes

na rota das moças bonitas solteiras.


Quando as ''charolas'' eram janeiras

os dias eram festa, não canseiras.

Cantava-se à porta a ode ao senhorio 

suspirando entrada e abrigo do frio

p’ró banquete de farturas caseiras.


Quando as "charolas" eram janeiras

vento, chuva, frio eram feiras

de alegrias, corridas de carrossel,

sonhos de amores, beijos a granel,

desejos trepavam muros,"escaleiras".

 

Trepavam janelas, telhados, traseiras,

tudo trepava o fogo das braseiras

incendiadas em nosso ser de moços

iniciados, eram tempos esboços

adolescentes, amores de brincadeiras.


O que foram janeiras são hoje chavões,

charoladas de músicas de acordeões

estilosas que ocultam o sentido crítico

original, a banalização do tempo mítico

de idos pagãos sob capa dita; tradições.

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sábado, janeiro 20, 2024

CHAROLAS BORDEIRA 2024

 

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quarta-feira, janeiro 03, 2024

MARCELO, O SEM-ABRIGO


 

Nesta nulidade retórica discursiva sobre o que ficou claro transformou Marcelo numa apagada sombra na medida em que acrescentou sombra aquela em que já se transformara desde há tempos.
O vazio do discurso sinaliza que Marcelo perdeu capacidade de envenenar através de sua picadela traiçoeira; a natureza da personagem é sentir-se em liberdade e à vontade para picar e envenenar tudo que o rodeia e lhe faz frente. Ora, neste momento, não se sente com o aval suficiente junto dos portugueses para agir segundo a sua natureza o que lhe retira capacidades de mentir, intrigar e envenenar cantando e rindo.
Desde o seu conseguimento do despejo de Costa nunca mais foi dar uma volta à noite pelo Jardim do Império para acalmar o calor do seu veneno. Nem deve dormir tão sossegado como quando, friamente, tal como os fantasmas vampirescos planeava a forma e o modo de aplicar a picadela mortal.
Mais um pobre desgraçado caído na ruína; outro cavacoiso. Ou mais um futuro rico sem-abrigo, não aquele que fingiu ser quando ia juntar-se a eles e prometia extingui-los mas, o que vive refugiado de si mesmo porque ninguém mais acredita nele ou o escuta.

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segunda-feira, janeiro 01, 2024

ACERCA DO HUMANO

                          

APESAR DA MORTE

 

O humano na origem mal concebido

continua sujeito da má concepção

do criador que por acaso ou ocasião

leva primeiro deste mundo o imerecido.


Que omnisciência é essa que não julga

pelo justo ou escolhe pelo merecimento

e antes determina segundo o momento?

Ou será ciência oculta que não divulga?


Ou será que precisa de massa-cinzenta

como substrato nutritivo que alimenta

sua omnisciência divina e esta exorte

todo aquele que belo de ver e de ser

alcance o tão almejado merecer

de livrar-se de morrer, apesar da morte.

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