segunda-feira, janeiro 20, 2020

ESTAMOS TRUMP'ICADOS.


Trump é o típico fulano feito auto-convencido de infalibilidade no mundo corrupto dos negócios e transporta, tal qual, esse modo e convencimento para a sala oval sem a mínima consideração, contemplação ou moderação face aos outros povos do mundo, sua história, civilização ou organização política qualquer que seja.
Ele é o verdadeiro sofista cujo relativismo total faz que tudo que lhe chega pelos sentidos tome como a única realidade e verdade e ainda assim, como os cínicos, só acredita nos seus sentidos e é céptico quanto aos que não os seus próprios.
Na sua capacidade mental de bronze não penetram jogos mentais de ideias ou qualquer tipo de especulação intelectual: a sua retórica é epidermica, imediata, caso a caso. Para uma tal personagem a fundamental lei que existe é da accão-reacção que, contudo, segundo o seu singular newtonismo o valor da reacção é sempre superior ao da acção.  
É o protótipo do indivíduo auto-suficiente que se julga, em tudo que empreende ou se mete fazer, um criador ou inovador de coisas únicas nascidas de sua inteligência e alto talento inato. O alto cargo de presidente mais poderoso do globo, quer militar quer economicamente, dá-lhe a omnipotência e esta, aliada das actuais capacidades digitais de comando e comunicações, dão-lhe a aparência de omniscência e infabilidade. 
Sentindo-se senhor de omnipotência e infalibilidade, na prática corrente, nada mais precisa para se sentir aquele que foi eleito para redimir os pecados políticos dos americanos até hoje e querer "tornar os USA de novo grandes".
Até este slogan que foi alavanca para a sua candidatura é falso e tem apenas valor simbólico emotivamente para o americano média-baixa maltratado e abandonado no seu envelhecimento que apenas sabe no mapa onde fica o seu USA pois, se pensarmos historicamente vimos que desde a guerra 1939/45 até à chegada de Trump à presidência nunca os USA deixaram de ser a maior potência militar e económica do planeta; logo, também, o slogan que diminui a grandeza do país para poder dizer que a quer engrandecer de novo contém em si um embuste moral para enganar o votante ignorante.
Os USA são a maior potência do mundo desde antes de Trump vir ao mundo e continuam e é por isso mesmo que ele pode ameaçar de fúria e fogo qualquer povo insubmisso aos seus ditames de grande "César", cônsul de penacho doirado na cabeça.
E durante todo esse período mantiveram-se amigos dos países livres, ajudaram outros a libertar-se, expandiram os seus negócios a todos os cantos do mundo com o mínimo respeito pelas regras internacionais e, apesar dos lóbis do armamento e alguns golpes sujos da CIA, tinham apoios e consideração da maior parte dos povos do mundo e até, com paciência à Churchil, venceram a "guerra fria" com a URSS.
Tudo isto Trump subverteu numa penada e a continuar, rapidamente, virá o dia que procura no mapa um país amigo e não descobre um único.
Ou pior, segundo a sua verdade com base apenas nas realidades aparentes dos sentidos, toma apenas como amigos países sanguinários como a Coreia do Norte, Arábia Saudita ou a China e outros totalitarismos desumanos que sob a capa dos negócios chorudos destilam ódio à cultura democrática e não fazem outra coisa que conspirar contra o gigante americano, seu símbolo maior, e tanto mais quanto este espalhar instabilidade e desconfiança pelo mundo. 
Estamos realmente ameaçados e "trum'picados" pois que o uso de omnipotência coloca tudo o que existe em risco, até a nossa humana civilização.

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quarta-feira, janeiro 15, 2020

OS SENHORES DO MUNDO E A "POUPANÇA"


Chama-se argumento do filho da puta quando o ladrão que roubou o descuidado responde ao dr. juíz; - mas senhor doutor aqui não há perda nenhuma entre nós nem qualquer mal para a sociedade pois o que o queixoso perdeu foi exactamente o que eu ganhei, no balanço total não há perdas e sim uma perfeita igualdade e, portanto, estamos quites -.
Também na política se utiliza muito o argumento do filho da puta.
Já tinhamos ouvido falar em "poupança", nós os portugueses, com um sentido muito especial que nunca antes houvera ou fora revelada.
Foi no tempo que o nosso primeiro ministro amigo da troika inamistosa que nos habituara a ouvi-lo falar quase diariamente de cortes, taxas e sobretaxas e a partir de certa altura, de repente, começou a falar de "poupança" de milhões o que deixou muita gente, ignorante das subtilezas da política, atenta à escuta do real sentido da novidade.
Afinal era tão só uma questão semântica pois, na dura realidade daquele tempo de castigos, tratava-se da continuação dos mesmos cortes, taxas e sobretaxas nos vencimentos e pensões cujos valores expropriados a muitos portugueses e amontoados todos juntos no bolso único do Estado, por meio de alquimia semântica governativa, se transmudavam em "poupança".
Sem dúvida, como dizia Einstein, a imaginação é muito mais importante que o conhecimento e eu acrescentaria que até pode mesmo substituir a inteligência quando esta falta.
Também Trump, o pantomineiro auto-convencido de que sua estulta esperteza é nova-ciência perante o homem comum veio recentemente, perante a medrosa resposta com aviso prévio dos iranianos aos súbditos de sua majestade, o trumpolineiro americano, declarar que tal medida iraniana, consensual com o seu diktat, tinha dado aso a que ele, o magnânimo Trump, tenha poupado milhares de iranianos numa sua prevista imediata retaliação.
Desta vez a poupança trumpista não foi de capital mas de algo de extrema gravidade para a humanidade e sobretudo muito útil para o Trump-deus-irado poder mostrar a sua face de imperador santinho.
Se a "poupança" de Passos Coelho era um saque por castigo aos desgraçados classe-média portugueses a "poupança" de Trump é uma ameaça de morte permanente sobre os povos do mundo que não acatem de boa vontade o diktat do imperador americano, cônsul de penacho doirado.
Ambos, cada um à sua maneira e medida, usam de cínicos truques e artimanhas linguísticas e abuso de poderes de modo a esconder a sua falta de inteligência e capacidade para resolverem os problemas modernos com argumentos civilizados válidos e não com mentiras.
Um, pobre-diabo, quis ser primeiro ministro para, sem ideias do que fazer, acabar por ser um dedicado subserviente ao serviço da troika e da UE contra os "piegas" dos portugueses.
O outro, rico-pato bravo, quis ser presidente para ser o grande imperador megalómano sobre a Terra que, sob ameaças de "poupança" ou "não poupança" dos povos, conforme a subordinização ou não dos dirigentes das nações do mundo, todos os dias dikta aos governantes deste mundo, sem excepção, o que têm ou devem fazer, como se devem comportar ou não para que possam sobreviver sob a paz da "poupança" americana.
 E vai assim o mundo cada vez mais dirigida por gente medíocre e detestável!        

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domingo, janeiro 12, 2020

CHAROLA ''ALDEIA BRANCA'' 2012

quinta-feira, janeiro 09, 2020

CHAROLA ''A DEMOCRATA'' 2002, O CANTO

A Charola deriva do Canto de Janeiras que um Grupo de rapazes incluindo um Começador que fazia o ''Canto'' e um acordeonista à noite, após o baile terminar, percorria as casas dos mais abastados e aì cantava pedindo ao dono da casa que abrisse a porta para o Grupo entrar onde havia sempre uma mesa farta preparada para o caso.
Muitas vezes o dono da casa era pai de uma rapariga prendada casadoira e pretendida por algum dos rapazes do Grupo e o Canto, quer à porta quer já no interior de casa era então, também, dedicado à rapariga.
O Canto de Janeiras segundo esta tradição profana é único da Freguesia de Santa Bárbara de Nexe do Concelho de Faro, há entrada do Barrocal algarvio e, teve sempre como seu principal mentor e promotor, o Sítio de Bordeira.

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terça-feira, janeiro 07, 2020

CHAROLAS EM BORDEIRA 2020 Centenário

quarta-feira, janeiro 01, 2020

APC GORJEIOS 2006 - 2020...



Em dois mil e seis pela mão amiga
do Helder esta pantalha digital
viu as primeiras fotos e letras
impressas e tantas tretas
de mal dizer e pensar banal
que nada adiantam à intriga
neste estar ou movimento
decadente para o novo nada
eterno imutável indefinido
onde não mais há oprimido
nem opressão nem espada
nem balança ou sentimento
doído nascido do inteligível
causa de querer e vontade
única e imperativa.

Mas também única e taxativa
é existir e necessidade
nesta viagem imprevisível
feita de ser e circunstância
informatação e informatagem
falsa inteligência artificial
impingida como real
durante toda a nossa viagem
entre ser e não-ser; manigância
de poderosos ocultos tidos
como deuses novos digitais
de nova justiça e predicações
novas medidas e sujeições
novos medos para os mortais
continuarem sós e iludidos
entre muros sempre erguidos.

Pois que se tudo vai dar ao nada
nada é o grande tudo.
É o grande final apoteótico
desta viagem à chegada
quando nem por um canudo
se avista o macroscópico
nem pensa mais o inteligente
ou pinta mais o pintor 
nem faz mais obra o façanhudo
 pois tudo que fez toda a gente
será sempre migalha menor
do nada, um troco miúdo
dado ao presente
para figurar no interior do muro;
restos que cabem na cova de um dente
do futuro.

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