terça-feira, julho 25, 2017

PACHECO PEREIRA, O MEDINA CARREIRA SOFISTICADO 2



“Trump é outra coisa. É um homem dos nossos tempos, compreendendo como ninguém o actual sistema mediático, a conjugação entre a crise da comunicação social “séria” e a invasão do entretenimento, a substituição da vida pelo reality show…”
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“E Trump compreendeu, e isso é sinal de uma considerável intuição política, que havia uma América “esquecida” e que essa América não era a da lista das minorias que Hillary Clinton enunciava,….”
Pacheco Pereira em artigo "Trump e os ciganos" no "Público"

Pacheco pode ter como alvo, cá dentro, os “nossos mais vocais grupos feministas e anti-racistas e muita gente à esquerda que abraça causas de género” como sublinha, mas a sua simpatia e entusiasmo vai especialmente para Trump e a sua “considerável intuição política” e, partindo deste pressuposto (eventualmente justificado por ter ganho as eleições, mesmo tudo indicar tenha sido com o inverosímil conluio com os russos), serve-se dele para estabelecer um indisfarçável paralelismo de uma igual considerável intuição política atribuída ao André, seu camarada de partido.
Já um caso semelhante houve o ano passado quando Pacheco fez a apologia do “cm” pela sua “considerável intuição jornalística” de ir à procura das notícias que importava para as pessoas “esquecidas” tal como Trump foi à procura, e descobriu visionariamente, a profunda América adormecida e esquecida.
Pacheco é, cada vez mais, um reaccionário desconfiado do futuro que só olha para o passado com um pensamento que imita um Medina Carreira embora de forma mais sofisticada como, de resto, o faz também o seu colega de a "quadratura" e sua alma gémea sempre de acordo mútuo, Lobo Xavier. 
Mas Pacheco não só é um desconfiado do progresso histórico (a realidade está sempre mais próximo do que corre mal do que corre bem) como é, filosoficamente, um arreigado anti-racionalista não crente nas capacidades racionais dos humanos. Ele lê o futuro apenas a partir dos males, desgraças e horrores do presente projectando os seus medos e temores, agora, não para os amanhãs que cantam mas para os amanhãs que uivam.     
Assim, ele diz que Trump é um homem dos "nossos tempos" que, entre várias visões de grande lucidez, viu “a substituição da vida pelo reality show”. Mas o que Pacheco, como estudioso da história responsável e não opinador-compulsivo bem pago à linha, nos deveria dar era um estudo crítico que nos explicasse fundadamente o que são e qual o futuro desses novos “nossos tempos” , o que significam, o que valem, a que correspondem e para onde nos conduzem, se são bons ou maus e sobretudo se são para ficar ou, como sempre, são novamente mais uma aplicação de moda passageira até à próxima ideia-moda política para ir aguentando o barco à tona do sistema sob tormenta. 
Sabido que a actual política dos "nossos tempos" é feita e comandada a partir dos ideais da plutocacia financeira mundial que desde há décadas montaram o sistema e que o trumpismo é a subida ao cume dessas políticas destrutivas da vida e existência da maioria da população existente nos "nossos tempos", qualquer historiador sério e não engajado a ideais retrógrados ou corrupto, deduziria que tais ideias-moda impingidas aos povos pelo domínio total dos meios de comunicação não só não vai fazer durar muito mais tempo “os nossos tempos” como vai servir de vacina e anticorpo aos povos do mundo contra tais manipulações e antidemocráticas práticas políticas.
Pelo que diz, Pacheco, parece acreditar que a substituição da “vida pelo reality show” é uma verdade que a história já confirmou e é um dado adquirido dos “nossos tempos”. Pacheco não acredita na racionalidade humana e já pensa que somos todos macacos ou cães de Pavlov: está rotundamente enganado.
Aliás, está enganado agora que vê no Trump americano como nos trumps à poruguesa uma visão política regeneradora, tal como estava enganado quando teve a visão de ter visto no Iraque armas de destruição maciça juntamente com os homens de grande intuição política dos "nossos tempos", Bush, Asnar, Blair e o seu amigo Durão Barroso.

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domingo, julho 23, 2017

MAAT 2017

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terça-feira, julho 18, 2017

CTL, 36º ANIVERSÁRIO

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quarta-feira, julho 12, 2017

PACHECO PEREIRA: O MEDINA CARREIRA SOFISTICADO 1


«A realidade está sempre mais próxima do que corre mal do que corre bem.»
                                                                                                            
                                                                             Pacheco Pereira

Se o que pode correr mal ou correr bem é uma realidade a concretizar-se no futuro, próximo ou longínquo mas sempre totalmente desconhecido e imprevisível, algo de todo indefinido e indeterminado em que se baseia PP para afirmar que a realidade a advir, o futuro portanto, está mais do lado do que corre mal?
Fez algum estudo sociológico adequado ou é uma fézada da sua fértil imaginação para insinuar que o optimismo de Costa e Marcelo estão destinados a correr mal? Ou será um oportunista Pacheco, de forma sofisticada, a imitar Medina Carreira nas suas charlatanices idiotas e imutáveis profecias da desgraça?
Sendo Pacheco um sujeito com muita leitura e estudo sócio-histórico-filosófico deveria ter seguido um método racional para tirar aquela conclusão e não usar de imaginação inventiva e daí enveredar pela sofística retórica para fazer política opotunística.
  
Se, segundo Pacheco, a realidade futura, ainda desconhecida, está SEMPRE mais próxima do que corre mal como explicar e entender a realidade histórica da evolução da civilização humana numa linha de altos e baixos mas sempre no sentido do progresso e não ao contrário, no sentido do retrocesso?
O pensamento racional lógico remeteria Pacheco para uma dedução contrária à que tomou. Mas Pacheco usou um pensamento pensadamente oportunista como é quase um seu tique profissional de opinador dos media. Como provado à saciedade no seu entusiástico e longo  colaboracionismo altamente oportunista de apoiante e educador de Cavaco e, pior, do miserável cavaquismo de Duarte Lima, Dias Loureiro, Oliveira Costa, Durão Barroso e seus bandos da pior escumalha corrupta que houve até hoje no Portugal pós Democracia.
Pacheco, tal como Passos não é igual aos outros, é pior.

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quinta-feira, julho 06, 2017

ZÉ EDUARDO, O EXÍMIO JAZZ


Já se passaram mais de três anos que o exímio jazzista Zé Eduardo vive connosco integrado nesta comunidade dos Gorjões. 
Um dos melhores contrabaixistas do país e do mundo é, sobretudo, um estudioso educador e divulgador do jazz quer nacional quer internacional. Fundador da Escola de Jazz do Hot Clube de Lisboa foi, depois, director de uma importante escola de Jazz em Barcelona durante dez anos. 
De Barcelona veio instalar-se em Faro onde outra vez, dado o gosto genuíno pelo ensino e divulgação da sua música preferida acima de todas e de tudo, desenvolveu um projecto de ensino do jazz entre uma colónia de estranjeiros vivendo no Sotavento algarvio. Aos jovens filhos dessa colónia de gente de várias nacionalidades incutiu o gosto pelo jazz e fez de vários deles jazzistas, actualmente, a actuar nos seus países originais e pelo mundo.
Nos Gorjões tem o seu espaço para o estudo e criação própria além de continuar o ensino e aperfeiçoamento de muitos profissionas algavios desta música.
Mas o seu contacto internacional mantem-se intenso através de ligações com Macau e Hong Kong onde se desloca todos os anos e mantem uma turma de jovens alunos. Actualmente pratica a sua acção didática com esta escola no extremo oriente através de video conferência.
Em boa hora ele descobriu este local de tranquilidade adequada e em boa hora esta gente simples e respeitosa o recebeu e trata como já pertencendo à terra de nascensa.

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