sexta-feira, fevereiro 26, 2010

ORIGEM DO POVO DE GORJÕES II

ELEVAÇÃO CENTRAL E CUME DO CERRO DA MINA FRENTE AO CERRO DO ALGARÃO
EM 1º PLANO AS TERRAS PLANAS E À DIREITA O ANTIGO CAMINHO S.BRÁS-LOULÉ

RESUMO DO POST ANTERIOR
Explicámos como a partir da Comunidade Humana do Neolítico - Calcolítico, que constituiu o povoado estabelecido no Cerro do Algarão, que filhos deste povoado terão ocupado o Cerro da Mina e aqui desenvolveram um novo povoado que desmatou e cultivou todas as terras planas em volta, nomeadamente as do norte, mais próximas e mais planas, extensas e férteis.
O povo de Gorjões tem a sua origem primitiva nesse povoado do Cerro da Mina que, séculos depois deixa o Algarão, desce o Cerro da Mina e instala-se na tal zona plana e fértil a norte, já construindo as suas casas à base do barro, junto dos terrenos de cultivo.
Esta mudança só é possível face às novas tecnologias de trabalhar e fabricar utensílios de barro, e faz-se progressivamente no período de transição da Idade do Bronze(Séc.XII aC) para a Idade do ferro(Séc.VIII aC).


ROMANOS E ÁRABES NA NOSSA TERRA

No Séc. III aC. dá-se a expansão do Império Romano que acaba por chegar ao nosso território o qual, após as lutas contra os Lusitanos de Viriato, ocupa durante Séculos. Pelas Ruinas de Milreu e pelas lápides funerárias encontradas no Colmeal e na Silveira, aqui bem próximo dos Gorjões, sabe-se que os Romanos andaram por aqui, ocuparam e organizaram em novos modelos administrativos mais evoluidos o território e os povoados existentes.

Com o vazio deixado pela decadência e derrota do Império Romano, em 711 dC invadem a Península Ibérica os Islâmicos do Norte de África que também andaram por aqui como atestam os vestígios encontrados em Alcaria e Poço do Canal e sobretudo pela introdução da alfarrobeira, amendoeira, laranjeira que seriam mais tarde fonte de riqueza dos povos destes locais. Legaram-nos os árabes grandes conhecimentos no cultivo de regadio com a nora de alcatruzes, na medicina, geometria e matemática com nova numeração. A ocupação islâmica termina em Portugal em 1249 com a conquista definitiva do Algarve por D. Afonso III.


Até finais do Séc. XV não há dados ou rastos relacionados com a ocupação e vida dos povos destes lugares, aliás, como em geral neste período considerado muito obscuro da Idade Média e da nossa 1ª dinastia. Basta lembrar que os nossos reis só a partir de D. Diniz, que instaurou os Estudos Gerais do Reino, é que começaram a ser instruidos e a saber ler e escrever. E que as crónicas do Reino só começaram a ser escritas e registadas no decurso da 2ª dinastia, pelo que o que consta do relato da primeira dinastia é contado já segundo a tradição e não segundo um relato fiel feito em cima dos acontecimentos.

Só nos finais do Séc XV, aparece documentação nos Anais de Loulé, que referem a importância económica que assumiam os Lugares de Nexe nos termos de Faro e Gorjões. Com efeito, em 1479 num Quadro de Contribuições para o Reino, constam os registos de 4 contribuintes de Nexe com 100 reais cada e 5 de Gorjões com 70 reais cada, o que pressupôe a existência de famílias já com alguma fortuna embora modesta.

Nesse mesmo ano, é nomedo sacador das contribuições para um empréstimo concedido ao Rei, Álvaro Eanes Gorjão, da família dos contribuintes dos Gorjões no Quadro acima referido.
Em 1494, são referidos os nomes de Nexe e Gorjões para fins de estabelicimento de Quadrilhas no Concelho de Loulé, o que pressupõe que as terras de Nexe e Gorjões faziam, nesse tempo, política e administrativamente parte do território de Loulé.
(continua)

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quarta-feira, fevereiro 24, 2010

ORIGEM DO POVO DE GORJÕES I

CERRO DA MINA E CERRO NEXE-ALGARÃO AO FUNDO
HÁ 5000 ANOS

Segundo o notável trabalho de campo e pesquisa documental coordenada pelos Professores do Departamento de História, Arqueologia e Património da Universidade do Algarve, João Pedro Bernardes e Luis Filipe Oliveira, para a compilação e edição da Monografia de Santa Bárbara de Nexe, em boa hora encomendada pela Junta de Freguesia em 2004 e concluida em 2006, numa visita de investigação à gruta do Cerro do Algarão (que nós aqui chamamos de Cerro do Algueirão), encontraram lâminas de silex (pedra) do período de transição do Neolítico (6000 anos aC a 3000 aC) para o Calcolítico (3000 anos aC).
Já em 1987 - 1988, uma investigação detalhada ao local do Cerro do Algarão feita pelo arqueólogo Professor norte-americano L. G. Straus, haviam sido descobertas ossadas humanas, fragmentos de vasos de cerâmica, utensílios de pedra (silex) e uma mó do período Neolítico.
Estas descobertas arqueológicas confirmam a existência de uma comunidade vivendo da caça, da pastorícia e da agricultura. Esta fazia-se nas terras baixas deflorestadas pelos próprios para o efeito, a pastorícia nas terras altas ao redor da gruta que srvia de abrigo e habitação da comunidade.

Também no alto do Cerro da Mina, aqui nos Gorjões, ainda existe uma abertura, reminiscência de uma gruta que no meu tempo de "moço-pequeno" (anos 40 do Séc. XX), ainda tinha várias entradas e espaços largos interiores interligados onde nós brincávamos às "escondidas" enfiando por buracos estreitos que ligavam grutas entre sí. Alguns desses buracos-corredores escavados dirigian-se para o fundo do subsolo, nos quais tinhamos medo de penetrar e avançar, pois não tinham saída.
Já nesse tempo de meados do Século passado, a erosão climática fizera o seu trabalho demolidor da evidência dos fins destinatários primitivos daquelas grutas, e o povo limitou-se a tomá-las como mina e daí, desde os avós dos nossos avós, dar-lhe o nome e designação de Cerro da Mina.

Dada a proximidade, entre Cerro do Algarão e Cerro da Mina, pois são contíguos e à vista directa un do outro separados pelo vale da Goldra, tudo indica que também o Algarão do Cerro da Mina constituiu a localização e habitação de um povoado do mesmo período do Neolítico.
Porventura, teriam sido filhos descendentes do povoado do Cerro do Algarão, quando face ao crescimento deste começou a faltar terra e pastagem para todos, a deslocar-se e instalar-se no Cerro da Mina, local já certamente conhecido e frequentado e considerado como óptimo para estabelecer e fundar novo povoado, senhor de novas terras ricas para cultivo e pastoreio, tendo em atenção as terras planas que se estandiam frente à encosta norte.
O Cerro da Mina era de facto ideal, pois era de pouca altura, com declives suaves e isolado dos demais, tinha comunicação à vista com o povoado patriarca e sobretudo havia uma extensa área plana a Norte, boa para a cultura de cereais. As gentes primitivas deste povoado terão feito a deflorestação das baixas planas da actual Caramujeira, transformando-as em terrenos férteis para cereais tal como ainda foram até meados do Século passado.

Tais realidades permitem saber com segurança que estas terras eram habitadas e exploradas por comunidades humanas aqui radicadas há mais de 5000 anos.

(continua)

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segunda-feira, fevereiro 22, 2010

GORJÕES E MACÁRIO CORREIA

SENHOR PRESIDENTE,
Gorjões é a aldeia mais interior do concelho de Faro e tem sido também a aldeia mais exterior e afastada do pensamento e coração do Município. E não obstante tem tudo isso que o Presidente confirma: uma Capela, quase igreja embora modesta, do Séc. XV, Clube de Caça e Pesca, Clube Cultural e Recreativo e Grupo Folclórico Etnográfico, e sobretudo uma população agarrada às suas raizes e obstinada a lutar e sobreviver à decadência, à ruina e morte lenta.
O alerta lançado pelo Presidente Macário no "CM" de ontem, na sua coluna "Quintas do Algarve", que relembra a existência deste Sítio de Gorjões e outros, que são o centro de vida de centenas de pessoas que merecem um olhar especial, só por sí e pela atenção de pensar e escrever sobre elas desta maneira, merece ser considerado uma agradável surpresa.
Jamais um Presidente da CMF alguma vez se dirigiu e referiu desta forma esclarecida sobre a necessidade de olhar para o interior esquecido e menosprezado por todas as forças e poderes estabelecidos até hoje.
Ficamos sensibilizados por lhe ter ficado na memória a nossa recomendação, feita no dia do nosso Carnaval, para a necessidade de criar um largo que constitua uma centralidade física, digna de uma verdadeira Aldeia, que é possível e até fácil de concretizar: bastam 20 metros 20, de rua para se obter o tal "largo" triangular no actual centro da aldeia. A partir desta centralidade, com potencialidades para crescer comercialmente, dar possibilidades de contrução planeada em seu redor de modo a fixar os filhos da terra, que por essa falta a têem abandonado.
É indispensável um arranjo de vistas largas da EM 520 de ligação a Santa Bárbara de Nexe e a Faro para aproximar o povo da sua Cidade, pois como está este vira-se para Loulé e S. Brás que garantem melhores acessos. E, claro, é absolutamente urgente trazer à população dos Gorjõas a água e o saneamento básico, promessa do 25 de Abil, eterna promessa nunca cumprida.
Se assim será, com diz, então mãos à obra Senhor Presidente.

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segunda-feira, fevereiro 15, 2010

ESCUTAS DESGRAÇADAS

E A DESGRAÇA DAS ESCUTAS
Ainda não tinha visto Pacheco no seu "ponto contra ponto" que afinal não é mais que um "ponto por ponto" ou ponto a ponto com que cose uma urdidura tão pesadamente desonesta como a sua maciça massa corporal. E tudo para se congratular com a publicação de notícias obtidas criminosamente, sem serem provadas, sem contraditório, reescritas e ligadas para urdir um sentido pré-preparado, sem pingo de análise jurídica ou de bom senso sequer, com o fim de concluir pela bondade te um tal atentado à Lei, só porque atacam o político que gostaria de ser e não é, porque não é quem quer mas quem é predestinado.
Histórica e invariavelmente é assim: martela-se e repete-se tanto uma obsessão mental que esta se torna totalitária na própria mente. O "ponto contra ponto" é a imagem fidedigna dos "momentos Chavez" comunicacionais.


Até V.Pulido Valente, ex-partenair de mmg no "jornal nacional" das sexta-feiras, analizando o que leu no tal jornal-tribunal dito "sol", diz hoje no "público" que, "Não sei quem disse o quê e a quem; de que maneira, com que fim e em que circunstância. Não percebo o que se tramou ou não tramou, ou se por acaso não se tramou nada". Contudo Pacheco, após a mistifiacação de evocar factos provados e julgados para comparar com os factos apenas cozinhados à maneira do seu "sol", irrompe com o dito "sol" em punho, folheia-o e recita frases escritas como se fossem sagradas escrituras.
E tudo baseado em "escutas", que para VPV como para mim, me mete nojo e repugna da mesma maneira como já me repugnava no tempo da velha senhora. Nesse tempo existia a "pide" organizada para "escutar" os opositores políticos a seu belo prazer, hoje qualquer pequeno grupo oculto pode organizar-se para "escutar" a pessoa ou pessoas de que não gosta para o desfazer políticamente ou pelo carácter.
Em termos de escutas a ePIDEmia continua.

Mas o mais preocupante é viver num país onde até um PGR já pôe a hipótese de estar sob escuta. E não é para menos pois também o PR Sampaio esteve sob escuta assim como toda a cabeça de direcção de um partido da governação. Quem pode dizer, depois disto que não está sob escuta? Quem, depois de tanta devassa aos telefones e correspondência, pode ter confiança numa comunicação privada que contenha matéria de elevado sigilo pessoal ou de negócios importantes?

Num país assim, onde com a maior facilidade do mundo se pode pôr alguem a devassar outrém sob escuta, que empresas de tecnologia sigilosa ou concorrente de altos projectos, quer sujeitar-se a uma devassa de espionagem industrial ou comercial dos seus segredos técnicos ou preços comerciais? Mesmo qualquer empresa da praça que ande a tratar de pequenos e médios negócios terá sérias dúvidas em tratar operações negociais pelo telefone ou meio electrónico, sabendo que estes meios podem ser interceptados e escutados por adversários concorrentes desse negócio.

E o que pensará, depois disto, os membros de um governo ou os chefes da oposiçao ou outros grupos de pessoas ou de partidos com responsabilidade no panorama da política em Portugal? Será que vão passar a comprar e usar telemóveis espanhóis? Será que em caso de uma decisão confidencial de emergência vão ditá-la ao vivo ao fim de horas? Vão andar com um avião ao colo ou alugar um avião para ditar de voz própria a decisão? Passarão a usar um telefone blindado? Trocam o telefone todos os meses com outros políticos amigos da União Europeia? Pedem emprestado o telemóvel ao primeiro transeunte que encontrar na rua?
A banalização de escutas desencaderá uma desconfiança tal no tecido político, económico e nas relações entre pessoas de tal ordem que, isso sim, fará de Portugal um país miserável de riqueza e sobretudo podre moralmente.

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sábado, fevereiro 13, 2010

O VALOR DO EXEMPLO

O MEU E O TEU
Fantástico, Paulo Portas fez contas e chegou à conclusão que a sua proposta oral, na AdR, de baixar os vencimentos e 13º mês dos políticos renderia a maquia de 5(cinco) milhões de euros, concluindo que não é muito dinheito mas seria muito "como exemplo" para o país.
Na véspera tinha defendido que os 50 milhões directos para a RAdM, mais 2 x 5o milhões de possível endividamente para a Madeira e Açores, eram uma gota de água no poço do Orçamento de Estado. E, isto no preciso momento em que a especulação financeira global atacava o euro e em particular as finanças do Estado português. Nem o argumento do governo de que pior que o custo era o "mau exemplo" dado para o exterior, que nos olhava fixamente naquele momento e fazia subir o custo do dinheiro para o país.

PP, como a generalidade dos espertalhões, atribui-se a sí próprio uma grandeza moral incomensurável em comparação com o outro. Sendo de sua autoria a poupança de 5 milhões é um bem enorme "como exemplo", mas poupar 150 milhões, se propostos por outros, é coisa de somenos que nem vale "como exemplo". Se o exemplo é meu; sim tem valor; se é teu, bem, isso não tem importância. O "Meu Caso" é sempre mais importante do que o "Teu Caso", como muito bem já filmou Manoel de Oliveira.

Esta maneira populista de vender o que faz realçando a poupança ou o valor moral da medida como exemplo, foi evidente aquando da compra dos submarinos. Na altura, mal chegado ao poder, analizou a agenda de compra dos submersíveis (e que bem), para logo anunciar triunfalmente que ia comprar apenas dois dos três previstos e, desse modo poupar 80 milhões de euros ao erário público. Um triunfo grandioso, só possível de sair, da prodigiosa cabeça de PP.
Na altura lembro-me de comentar com amigos: porra, porque não compra zero submarinos e poupa o dinheiro todo? E poupava também, o que agora se diz por aí, acerca das contrapartidas dessa aquisição, já agora, também nunca bem esclarecida.

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quinta-feira, fevereiro 11, 2010

NOVA TEORIA DA LIBERTAÇÃO

DA CLAUSTROFOBIA A LIBERTADOR DO FUTURO

Tudo indica que o pessoal que anda há tempos, mais ou menos subtilmente, a clamar por um salvador já tem um candidato possível. Rangel propôe um desígnio para Portugal: libertar e salvar o futuro pelos valores, autoridade e normalização do país. E dada as degradações lancinantes, em todas as frentes da actual sociedade portuguesa, um dever moral e uma responsabilidade nacional o obriga a candidatar-se contra o que era a sua vontade. Uma graça oracular fez-lhe chegar à consciência um apelo cívico e moral categórico para libertar os portugueses das grilhetas do futuro, do desconhecido.
Já não se usa falar na pátria e a bem da nação como antigamente mas, os tais catastrofistas tremendistas que sentem o país a desaparecer uns, a apodrecer outros, a afundar-se outros tantos, não deixarão de subentender no desígnio para-religioso "libertação do futuro", a salvação.

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terça-feira, fevereiro 09, 2010

DESCLAUSTRÓFOBIZADO

NO PARLAMENTO EUROPEU

Gordinho e anafado de engolir tanta cláustrofobia e asfixia democrática, valente e sem pavor de enfrentar ser preso mal aterre na Portela, o pequeno grande pegador de asfixias pelos cornos, Rangel, o deputado português pediu a palavra no Parlamente Europeu.
Levantou-se do cadeirão, escondeu a barriguinha de asfixia apertando o botão do casaco, e botou palavra para fazer queixinhas da censura e falta de liberdade no seu país. Os deputados europeus ficaram asfixiados e sem respiração perante tal impressionante coragem do deputado Rangel. Talvez o Presidente Barroso, agora, pense duas vezes antes de vir cá espreitar como está o ar asfixiante da sua terra.
Já o Nuninho do cds levantara, no mesmo local, a sua vóz grossa e poderosa contra a inconpetência de Victor Constâncio. Habituados aos aplausos fáceis da casa, os novatos deputados na Europa, julgam as hostes europeias pela mesma medida de grandeza que usam cá no burgo. Tão embasbacados a olhar a Europa que não vêem que nem a baixa política europeia lhes liga ou dá alguma importância.
Pelo contrário, a Europa pensa os portugueses como gente que vê, pensa e faz tudo de patas pró ar. Eles conhecem a nossa história e sabem que a nossa especialidade é correr com os melhores. Isto é, se os Nuninhos portugueses dizem mal e querem correr com Contâncio, bem então é esse mesmo o homem capaz e indicado para o Banco Europeu. Aconteceu com os judeus, aconteceu com os emigrantes, aconteceu com Guterres e vai acontecer novamente logo que Portugal se livre da asfixia paranóica e artificial para cair na real.

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domingo, fevereiro 07, 2010

SARAIVOLIGOFRENIA

Adão, exercício de poder

À TORREIRA DO SOL
O grande jornalista arquitecto saraiva saiu do Expresso para liderar um jornal, que disse, iria num ano ultrapassar a tiragem do Expresso e não pricisaria sequer oferecer dvds ou outras prendas, para alcançar rapidamente tal objectivo.
Hoje, face ao falhanço total e quase falência do jornal, salvou-o o dinheiro de Angola, que nem as prendas de dvds e outra quinquilharia avulsa o salvava, descobriu o filão do lixo televisivo do moniz e dos tablóides para vender e tentar salvar o dele.
E como se perdeu o respeito à lei perde-se a vergonha e é o vale tudo. A partir de excertos enxertados a propósito, e que ninguém sabe sequer se são falsos ou verdadeiros, parte para fortes indícios e imediatamente determina a existência de um plano conspirativo contra o Estado e a liberdae de imprensa. Pelos presos de delito de opinião e pelo que se lê diariamente na imprensa e blogosfera, a começar pelo jornal sol, a liberdade de expressão está de facto não amordaçada mas arregimentada e como arma de mão de não democratas.
Está sim mas é doente, sem vergonha e decadente empurrando o páis para o charco a troco de umas vendas a mais para salvar interesses privados. Ou não haverá a perspectiva de voltar aos chorudos negócios à custa do Estado? Se até inventam planos de conspiração de outros para encobrir obscuros planos conspirativos próprios, algo de grande está em vista.



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quinta-feira, fevereiro 04, 2010

CRESPOLIGOFRENIA

Adão, exercício de poder
Em certos extractos envelhecidos da sociedade alguns indivíduos que já tiveram poder e influência ou que mais recentemente alcançaram algum poder de influência, renitentemente agarrados aos valores e preconceitos ultrapassados do seu tempo, não conseguem abster-se de querer regressar às tradições que formataram o seu carácter. Ao envelhcerem e constatarem que, em vez do regresso aos bons velhos tempos, tudo avança em mudança cada vez mais acelerada, tornam-se velhos por fora e por dentro, como:
- feios e gordos - corcundas e barrigudos - trôpegos e coxos - franzidos e enrrugados - carecas e hirsutos - doentes e descarnados - mija nas pernas e ejacula na bexiga - grotescos e caricaturais - convencidos e desconfiados - medrosos e autoritários - teimosos e reaccionários - rabujentos e tradicionais - egocentricos e egomaníacos - cínicos e narcisistas - ninguéns e importantes - medricas e basófias - moralistas e gaiteiros - pios e pilatos - pedantes e perplexos
que os tornaram encrespados enraivecidos, vingativos, destrutivos, decadentes, isto é: homens crespo.

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segunda-feira, fevereiro 01, 2010

BICHOS PÁSSAROS E BICHOS HOMENS


CHAPIM (CALDEIRINHA)

A Câmara do Seixal anda a fomentar a procriação do "chapim" como meio de combate à lagarta do pinheiro. Na sua promoção pelo jornal "DN" diz tratar-se de uma "AVE QUE SE ADAPTA A NOVOS HABITATS DO DIA PARA A NOITE. A SUA FÁCIL ADAPTAÇÃO É UM FACTOR DETERMINANTE PARA A SUA SOBREVIVÊNCIA".
Ora, este bicho-ave imita na perfeição muito bicho-homem que também por motivos de sobrevivência pessoal se adapta, do dia para a noite, ao "habitat" à mão mais proveitoso. Uma diferença, contudo os distingue, o chapim bicho menor não pensante, sobrevivente pelo instinto e não pela razão, não muda as belas e vistosas cores do seu fato narural.
Mas esta avezinha tão útil, que aqui chamamos de "caldeirinha", num aspecto é tal qual os tais bichos-homem oportunos. A "caldeirinha" faz o ninho nas tocas fundas de velhos troncos de árvores carcomidas revestido-as de merda fresca (matérias macias, diz o jornal), coberta de penas. Quando jogamos a mão lá dentro para apanhar a sua obra-casa-ninho ficamos todos cagados: sai e escorre merda da mão por todos os dedos. Perfeita imitação dos tais bichos-homem que, saltitantes de toca em toca e bailadores de cassete em cassete, quando se instalam e nidificam nos "habitats" de novas cores e poisos, de sua obra e projectos sai merda de certeza.

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