quinta-feira, fevereiro 24, 2022

ANTÓNIO DOMINGOS DO CARMO MENDES

1934 - 2022

            PARA OS AMIGOS "ANTÓNIO LIMPINHO"

Amigo, com a tua capacidade de inteligência e qualidades de observar e questionar as coisas vivas podias ter sido um grande homem, talvez um cientista, mas o teu tempo foi de obscuridade para quem era pobre. 

Amigo, um dia destes, encontrar-nos-emos na mesma terra comum.  

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segunda-feira, fevereiro 07, 2022

A SURPRESA DA MAIORIA ABSOLUTA

Eu costumo dizer que António Costa caça moscas com açúcar e não com vinagre. Dos homens inteligentes e de fortes convicções, uns são convictamente visionários e levam tudo à frente segundo suas convicções ou são destruídos pelos atrasados que são apenas continuadores do passado, outros são simultaneamente inteligentes e astutos e conseguem inventar desvios, escapatórias, atalhos, novas metas e objetivos, avançando por etapas e arrastando consigo a maioria, mesmo a mais atrasada, pelo exemplo das etapas ultrapassadas com sucesso.  

António Costa, mais uma vez, demonstrou pertencer ao grupo de modelo dos homens inteligentes e astutos que guiam o rebanho, não pela imposição, mas pela boa astúcia tal como se enganam moscas atraindo-as com açúcar e também sondagens.
Na última semana quando o “empate técnico” tentava fabricar a “onda” que ia afogar o PS, Costa foi ler o programa do PSD e topou lá os eufemismos que pretendiam ocultar o programa do passismo na saúde, na Segurança Social, no ensino, na taxa Flat(ida) para empresários entre outras sempre no sentido do benefício empresarial e em detrimento da maioria do povo.
Ao desmascarar as reais intenções de Rio com tais escondidos eufemismos este, sem argumentos, começou a acusar Costa de mentir; a frase “Costa mente, merece perder” tornou-se o slogan e riso amarelo de Rio e também o logotipo dos roda-pés garrafais das suas queridas TVs.
Uns e outros pensaram ter achado o slogan chave para agigantar a “onda”, só que, o povo lembrou-se do Passos e suas mentiras quando dizia, “não, nós não vamos fazer nada disso, isso são mentiras do PS, nós não vamos cortar nada, isso são disparates do PS” e mentia, ele sim, com toda a desvergonha do mundo como depois se viu.
O Povo recordou-se de tão grande malfeitoria e do "ir além da troika" e desconfiou, e percebeu quem realmente mentia e a onda virou para afogar o Rio.
Claro, a “peste grisalha”, e não só, assustou-se, teve medo e a abstenção baixou (mais um erro de todas as sondagens raramente referido) e o PS subiu, encheu.
O Bloco e o PCP (e os opinadores e comentadores avençados) explicam a maioria absoluta com o voto útil concentrado no PS mas não explicam nunca é porquê o povo pôs o voto útil no PS e não no seus partidos ou no PSD.
Com as desculpas esfarrapadas do Bloco e PC a dizerem, por contraponto, que o povo votou enganado e são eles que têm razão e assim continuarem, também, assim como desta vez, continuarão.

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quarta-feira, fevereiro 02, 2022

Para o que der e vier

Para o que der e vier:

Neste artigo de Mariana Mortágua esta afirma, ou reafirma o que diz Catarina, que, - Os deputados eleitos do Bloco cumprirão à risca o seu mandato, em nome do SNS, do clima e da vida de quem trabalha -.

Quererá a Deputada dizer, subrepticiamente, que os portugueses se dividem em duas classes? Os que trabalham e os outros, os que não trabalham?

Tal modo de raciocinar é típico do pensamento marxista-leninista puro e duro tal como há dezenas de anos o PCP  proclama na sua prática política diariamente, habitualmente expressa assim; na política portuguesa existem os comunistas, os trabalhadores e os outros, aqueles que são farinha do mesmo saco.

 

No mesmo artigo diz também: 

- É certo que para impedir uma maioria de direita bastaria uma maioria de esquerda, mesmo que o PS não fosse sequer o partido mais votado, como aconteceu em 2015. Mas para isso era preciso que a esquerda "se entendesse", uma possibilidade que António Costa quis desacreditar durante toda a campanha, apesar da inteira disponibilidade do Bloco -.

Que grande troca-baldroca contraditória e paradoxal de argumento! MM pensa que - bastaria uma maioria de esquerda, mesmo que o PS não fosse sequer o partido mais votado - e a questão, então, é porque chumbaram o OE, sabendo previamente que iam para eleições, como tinha pré-anunciado Marcelo, quando o que bastaria até já existia. Porque deitaram fora o que já existia para se lançarem numa aventura de coligação com toda a direita e extrema direita? Porque repetiram o que já haviam feito aquando do chumbo do PEC IV com os resultados que se viu depois? 

Agora, aqui e durante a campanha eleitoral tentaram, face ao pressentimento da percecpção política contrária do povo e um provável mau resultado, uma argumentação à posteriori segundo a fórmula - de uma possibilidade que António Costa quis desacreditar durante toda a campanha-. Trata-se do argumento à posteriori do mau pagador; se eu soubesse... 

E, para uma atuação política tão nefasta quanto inglória, para mais, não tiram quaisquer conclusões de responsabilidade política quando são tão lestos a acusar de responsabilidades políticas o 1º ministro ou ministros acerca de acontecimentos acidentais sob tutela desses ministros.

Até Louçã, que continua o ideólogo de serviço do Bloco, na altura do desastre eleitoral após chumbo do PEC IV teve a ombridade política de se retirar, pelo menos presencialmente.