sexta-feira, fevereiro 24, 2017

TI LAURINDA; 100 ANOS




A Ti' Laurinda atingiu no domingo passado dia 19.02.2017 os seus 100 ANOS (Cem anos) sem ter anos roubados ou se ter enganado na contagem: 100 completos, limpinhos.
E completou-os em condições de saúde sem qualquer doença em especial, no seu juízo, memória e pensamentos sem falhas apesar das maletas de desgaste físico natural como a vista e ouvidos. 
São CEM ANOS sobre um corpo pequeno e franzino que suportou, desde a idade de criança escolar que nunca teve, os trabalhos duros do campo de Sol a Sol e os trabalhos domésticos das casas onde servia mais os da casa própria. Nesta dura andança por quatro casas onde, como diz "fiz tudo como um homem, só não lavrei", tratou, criou e ajudou a educar os filhos dos patrões com o mesmo desvelo e amor com que criava os seus três filhos que tinha de tratar em sua casa com parcos haveres na despensa.
A prova extraordinária de que assim foi está em que, neste dia dos seus cem anos, esses meninos de então, hoje pessoas adultas, que tratou como sendo também seus filhos estiveram à sua volta, agradecidos e emocionados.
Esta pequena grande mulher ensina-nos que a grandeza das pessoas faz-se do que se tem para dar e não do que se tem para ostentar. 

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quinta-feira, fevereiro 16, 2017

QUARTEIRA FINAIS ANOS'50

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sábado, fevereiro 11, 2017

O TRUMPISMO TEM UM PLANO MAS, INEVITAVELMENTE, VAI IMPROVISAR


O trumpismo, e o seu executante Trump, têm um plano político para alterar em benefício próprio a "ordem" mundial há décadas estabelecida mas, como todo o plano político-social tem que ser executado por homens falíveis contra outros homens falíveis, o respectivo plano é à partida, na origem, tão falível como os seus executantes e receptantes.
E a exuberante e exibicionista demonstração de vontade de poder alardeada vaidosamente por Trump, homem de mão do trumpismo, já começou a tropeçar na oposição de outros homens igualmente cheios de outras vontades de poder e igualmente válidas e falíveis como é próprio da ideologia humana.
O plano trumpista poderá ter sido elaborado prevendo várias sucessivas jogadas alternativas para outros tantos reveses mas nunca medirá suficiente e rigorosamente as consequências das alterações de cada revés e cada nova medida alternativa pelo que, inevitavelmente, tenderá a improvisar em cadeia: um perigo.
Também, o trumpismo deve a sua subida ao poder por ter descoberto, ou inventado, ou criado o homem certo para interpretar o trumpismo usando a denúncia populista sem nunca o denunciar nos seus fundamentos ideológicos e deste modo levar a votar nele, precisamente, aqueles que mais vão ser castigados pela implantação de um trampismo rigoroso. Sabe-se da história que um tal homem assim inventado ou criado tende a atribuir a si próprio o sucesso da vitória e a apoderar-se como único dono do poder actuando por conta própria, desligando-se e ultrapassando o criador.
Um tal homem, para mais um empresário autoritário impante do seu sucesso por meio de negócios corruptos e espertezas de fugas à Lei e aos deveres cívicos, perante dificuldades de dimensão universal e sem poder de as resolver impondo-as por corrupção ou unilateralmente, será tentado a resolvê-las impensadamente pela ameaça da força bruta.
Um homem assim, quando se dá conta, já deslocou a cabeça do alto do corpo para o regaço e começa a pensar em cima dos joelhos e a executar com os pés. Nesse momento um tal homem, para mais Presidente dos USA, torna-se muito perigoso.

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domingo, fevereiro 05, 2017

IMPROVISAÇÃO? NÃO, O TRUMPISMO TEM UM PLANO


A primeira nota a tirar do caudal de "ordens", contra a "Ordem" estabelecida há décadas, emitidas por Trump de enxurrada imediatamente à tomada de posse é a noção de que não se tratou de qualquer improvisação mas de actos pensados, estudados há muito tempo e julgados maduros para meter em prática agora, rapidamente e em força.
Ninguém podia improvisar, em horas, tomadas de decisão tão decisivas e imprevisíveis para o mundo sem que haja já preparado ou um plano ideológico de grupo ou uma vontade de louco. Contudo nada indica que Trump seja um louco mas somente uma personalidade crente anormal na força da vontade para mudar o mundo.
Portando, uma vez tomada a consciência de que não se trata de improvisação, temos de admitir que se trata de um plano estudado e caracterizado por ideias bem definidas e expressas em meios restritos mas que já andavam à solta fazendo e preparando caminho.
Essas ideias foram ganhando apoios e consistência e os grupos apoiantes reunidos à volta dos seus ideólogos pensadores julgaram ver e ser, nas recém-eleiões, o tempo já maduro e certo para lançar um dos seus homens de mão capazes de levar a carta a garcia. E não se enganaram quando pensaram realisticamente que eram capazes de ser eles a levar na sua onda a maioria de um eleitorado tão grande e diferenciado como o norte americano. Se não acreditavam em tal proeza também não deixaram de lançar o barro à parede a ver se pegava; e pegou estrondosamente.
Para tal contribuiu grandemente o homem de mão escolhido já popularizado como engraçado entertainer televisivo que propalava ideias sérias e caras ao seu ideário político através do engraçadismo mediático mas que ninguém tomava a sério politicamente.
Se o eleitorado que o podia travar não o tomou devidamente a sério nem mediu racionalmente as consequências futuras possíveis, agora, uma vez o homem à solta com um poder à escala universal nas mãos, mais difícil se torna entendê-lo e enfrentá-lo.
O primeiro passo para estabelecer uma estratégia de negociação ou confrontação será descobrir qual a finalidade do plano em curso gizado pelo trumpismo. Caso seja um plano de lunáticos a executar por um paranóico super-homem ainda mais urgente é conhecer as consequências e males dele para tentar uma resolução ou cura com o mínimo de efeitos secundários.

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