domingo, novembro 29, 2009

MEDINA CARREIRA



MEDINA NA CARREIRA

Tendo chegado de fora a casa, liguei a televisão e de repente e pela primeira vez dei de caras com o tal programa do Crespo de boca em bico, do Medina aiatola, do professor que não sei o nome, sábio chefe qualquer coisa de matemátia, e de uma senhora que também não sei o nome nem ouvi falar.

Tinha acabado de falar o professor de matemática sobre a dita para concluir que o ensino dela é mau, está mal, e é preciso fazer algo senão é um desastre para Portugal. Claro, e que tudo depende da política do ensino e que tudo é política mesmo quando é matemática.


Passou então o Crespo, salivoso e pondo a boca em biquinho como se dera um segredo e é seu hábito de marca, a palavra ao Medina. Logo este não não esteve com meia-medina. Sem respirar, logo afirmou que no antigamente os alunos ainda aprendiam a saber ler, fazer o nome e contar e agora nem isso, nada, não aprendem nada, não sabem nada. Claro chegado aqui mudei de canal.

Que leva homens destes que já foram figuras responsáveis de governo a resvalar para a defesa de ideias salazaristas? Porque meandros de racionalidades gente assim chega à velhice a resmungar contra tudo e todos e acaba a propor soluções fascizantes para resolver os problemas do país? Serão mesmo meandros de racionalidade para perceber, equacionar e resolver problemas com reformas, leis e acção democrática ou simplesmente emtupimento de racionalidades?

Não será que entupida a sua racionalidade projectam-na para fora de sí tomando o mundo exterior também como entupido, a rebentar? E estando o país entupido, antes que rebente, não é preciso arranjar um desentupidor destemido? Alguem que retire os incidentes entupidores da circulação prendendo-os e ponha ordem na circulação à força bruta e polícia e tal.
Enfim, um desentupidor que à força de prender entraves entupidores de circulação acaba com a própria circulação, isto é, o equivalente a ter uma circulação entupida por todos os lados
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quarta-feira, novembro 25, 2009

RELEVÂNCIA SOCIAL II


E NOTÍCIAS FALSAS
Tidos jornais de jornalismo feitos por jornalistas, já tinham noticiado que a PJ, com tecnologia ultra-simplex, adquirida aos serviços secretos israelitas, pudera tirar imagens e som sobre conversas e reuniões secretas com passagem de envelopes, assim como outras "provas" inescapáveis de corrupção. Tudo possível através e graças a esses meios de ficção cinematográficos para produção de efeiros especiais de que a PJ estava agora munida. A descrição tim-tim por tim-tim das possibilidades e potencialidades dos meios usados transmitia a ideia clara da infalibidade das "provas" obtidas por tais recursos inumamos.

Ainda andava no ar e nas cabeças dos portugueses o espanto de tais revelações dos tidos jornais quando, face ao mando de destruição dos cd por parte do Presidente do STJ, surgem notícias de que o juiz de Aveiro se recusara destruir os cd desrespeitando a ordem do STJ. As notícias sobre tal recusa até aduziam argumentos de contestação do juiz rebelde de Aveiro como justificação da desobediencia.
Tudo explicado tim-tim por tim-tim, com argumentação transmitindo a ideia inequívoca e imbatível da seriedade e razão da rebelião do juiz de Aveiro.

Quase de rajada, pela força do desenrolar oficial do processo, os portugueses ficaram a saber: 1) que afinal não existiam provas algumas especiais tecnológicas além das escutas telefónicas tradicionais. Neste caso se houve avanço tecnológico foi a mudança de cassete por cd, um avanço com barbas brancas de tardio; 2) Soube-se ontem por declaração do Concelho da Magistratura que afinal o Juiz de Aveiro, nunca contestara a decisão do STJ, antes pelo contrário, comunicara em tempo o total respeito pela decisão hierárquica superior.

Face a tais desmentidos directos, por via indirecta das autoridades competentes, das notícias dadas como certificadas pelas fontes certas, devem os portugueses perguntar-se, o que levou tais jornais e jornalistas a evidenciarem tais notícias que passados dias são não-notícias, ou chamando os nome aos cornos, são notícias-mentira.
São as notícias dadas por jornalismo e jornalistas-estimativa: sendo dadas e publicadas no jornal estima-se que passam a ser verdades. Isto é, o jornalismo que ainda pensa e publíca para portugueses do salazarismo, analfabetos.

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terça-feira, novembro 24, 2009

RELEVÂNCIA SOCIAL

Adão, forças ocultas

O QUÊ?

Tem piada não tem, os juristas, penalistas e outros elementos doutos nas Leis, no caso "Face Oculta", esquecem as Leis e falam de política por outro nome. Já em artigos no "DN", Paulo Pinto Mascarenhas vinha alimentando a tese de que o povo tinha o direito de saber a matéria das escutas. Um outro, Costa Andrade(?), também diz o mesmo dizendo que ao povo não pode ser ocultada matéria julgada relevante pelos magistrados de Aveiro, ou coisa parecida.
Há pouco no "Prós & Contras", PPM veio com a subtileza da "relevância social" das escutas para concluir que por tal relevância das escutas o PGR tinha o dever de as mandar publicar. É claro na argumentação que, para sí, a relevância social é apenas e tão só o "cheiro" soprado de que as conversas têm algum picante político de que o senhor quer tirar para partido.

De uma conversa particular entre amigos políticos, desprevenidos de que vivem num país onde qualquer funcionário de carreira do MP pode espiar todos os cidadãos a qualquer altura e sob qualquer pretexto, é natural que o comentário político entre ambos tome a forma jocosa ou satírica de conversa de sala de casa. PPM e os outros tais como, conhecedores dessas conversas, querem-nas na praça pública para as julgarem como conversas políticas sérias de conspiração contra o Estado. Tal qual como queria a indiciação dos investigadores e agora se bate o Snr. Juiz de Aveiro que não aceita a ordem de destruição do presidente do STJ.

O povo, milhares, milhões, em eleições livres, com o seu voto deposita a sua confiança nos políticos que elege, depois, escondidos em gabinetes ocultos, atrás de secretárias, papelada e leitores de cassates, dois ou três senhores sem qualquer escrutínio democrático resolvem eles, de seu livre arbítrio, desconfiar e colocar sob escuta aqueles em quem a maioria do povo legitimou precisamente pela confiânça política.

O povo dá legitimidade política e autoridade a certas pessoas para gerir o Estado, organizando-o, defendendo-o e melhorando-o, e logo nas costas aparecem um duo ou trio de personas sombras acusando essas pessoas de crimes contra o Estado: configurado na Lei como uma tentativa de destruição do Estado. Precisamente aqueles a quem o povo confia o Estado são, no parecer destes doutos ocultos, os que trabalham para destruir o Estado. Tem piada, não tem?
Não teria maior relevância social e ser mais proveitoso para os próprios, que espreitassem pelo burado da fechadura lá de casa em vez de andarem a espreitar pela fechadura dos portugueses?


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sexta-feira, novembro 20, 2009

DESAMIGAR

Adão, destroços
Leio de Pedro Mexia que os americanos inventaram a palavra "unfriend" que se pode traduzir em português por "desamigar": retirar a qualidade de amigo numa rede social de amigos na net. Eu diria que "desamigamos" quando deixamos de contar com tal amigo no nosso círculo de convivência.
Em tempos li, também dele, no "Público" um artigo sentidamente desgostoso de tratar sobre um desenlace seu com um velho amigo, segundo percebi. Ficou-me retido encastrado na memória dado carregar comigo um caso semelhante.

Desde então tenho pensado, árdua e penosamente, qual a medida que pode levar um amigo amigo a deixar de considerar que tem um amigo amigo?
E cheguei à seguinte conclusão:

- Quando o tal amigo amigo tem uma actitude ou procedimento para connosco que nós sentimos profundamente que em circunstância alguma teríamos para com ele - .

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quarta-feira, novembro 11, 2009

UMA BOA NOTÍCIA

Adão, a manifestação
FINALMENTE

Lê-se hoje (ontem), no "DN", que a Universidade do Algarve quer integrar a lista roteiro europeu de laboratórios de investigação científica marinha.
Só por sí, esta vontade de inestigar já é meritória, mas muito mais mérito, entusiasmo e benéfico está no facto novo de querer investigar em proveito do Algarve. Finalmente vemos a nossa Universidade, falar franco e claro, que " O Algarve deve afirmar-se não só pelo turismo de sol e praia mas também pela investigação científica de ponta". Finalmente vemos a nossa Universidade afirmar certeiramente que nem só de sol e praia o Algarve deve e pode viver.
Que outras frentes de investigação sejam abertas sobre outras possibilidades viáveis do habitat algarvio, é o que pedimos à nossa massa crítica inteligente. Que descubram e empunhem outras bandeiras para o desenvolvimento do Algarve, para além do esprimido turismo, que os algarvios agradecerão.
Que tenham sucesso e bem hajam.

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terça-feira, novembro 10, 2009

A ENGRENAGEM

Adão, a engrenagem

Os juizes e magistrados de Portugal, mais uma vez, foram espreitar e vasculhar os negócios de um antigo pobre desgraçado comprador de sucata de porta em porta com um triciclo. Para apanhar o pobre desgraçado agora rico? Não, antes parece ser para apanhar políticos: tipo operação oculta caça-plíticos.
Estes piam fino, não são a ASAE.

Acaso eles vão vasculhar os negócios dos grandes empresários, tubarões "empreendedores", que mandam ou querem mandar no país? Nicles, nada coisa nenhuma, nem pensar. Mas esses "grandes senhores" da banca, do comércio, da indústria, das finanças, dos média não têm redes de influência tentaculares organizadas nas suas listas de contactos? Tais patrões de "grupos", por sua vez patrões de várias grandes e médias empresas, não são só por sí redes tentaculares de negócios? E são todos feitos sem tráfico de influências, lícitos, impecáveis, sem envelopes "under table"? Só para anjinhos.
E só o pobre-diabo-rico do sucateiro é que paga?

Eça, quando a monopolista estatal e discricionária Comp.ª das Águas lhe cortou a água de casa perguntava, à dita Companhia na já célebre carta, o que podia ele também cortar à Companhia das Águas.
Os juizes e magistrados podem escutar, espreitar, interpretar e investigar clandestinamente, a pretexto de qualquer vaga rede ilícita, a vida privada de todos: Chefe de Estado, PM, ministros, deputados e cidadãos.
E quem escuta, espreita e investiga os juizes e magistrados?

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domingo, novembro 08, 2009

PERGUNTA TONTA


Perguntava e insistia à pouco no telejornal o Faria, para a repórter no local do acidente no túnel em Andorra onde os bombeiros tentavam desencarcerar um trabalhador preso nos escombros, nos termos:
"O que diz o homem preso? Sabes o que diz o homem que está preso e estão tentando salvar? Podes saber o diz o homem?

Ó Faria, imagina lá tu o que dirias se estivesses soterrado pelas pernas, imobilizado, ferido, com frio abaixo de zero, eventualmente com as pernas partidas, a sentir-se mais próximo da morte que da vida e o socorro ali à frente, o que dirias tu? Sim o que quererias e dirias tu, ó Faria farisaico?

Provavelmente, o Faria de rabo fofo bem assentado, frente às câmaras e no ar condicionado, deveria estar pensando que o homem queria, antes de tudo e acima de tudo, falar para a repórter e aparecer na rtp. A tonteria desta gente da televisão é tanta que já pensa que uns segundos de televisão vale a vida.
Ou, face à impossibilidade de ter imagens "choque" com sangue, choros e gritos lancinantes em directo, quereria que a repórter se pusesse a relatar dramáticamente a situação, imitando ela própria a tragédia do soterrado. Se no Brasil já se mata para dar em directo e em primeira mão, porque não aqui fazer, ao menos, uma teatralização imitativa do acto em cima do facto?
Ó Faria, vai beber um chá de erva lúcida que isso passa.

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quinta-feira, novembro 05, 2009

FRASES PULHÍTICAS III

O discurso-slogan da oposição agora é que o governo, tendo perdido a maioria absoluta, ficou reduzido a uma legitimidade sem poder para decidir levar em frente o seu programa eleitoral que apresentou na AdR como seu programa de governo.
Hoje no frente a frente da sic, o Silva da Madeira, homem de mão do ajj rei da Ilha, teve o desplante de ironizar, com o que deixou subentender, ao afirmar que "o PS não pode querer impôr um programa eleitoral feito para governar com maioria absoluta, quando apenas obteve uma maioria relativa, portanto chumbado pelo eleitorado".

A fazer escola tal conceito, desde agora, em cada acto eleitoral, os partidos todos deverão concorrer com dois programas: um para governar com maioria absoluta outro para governar com maioria relativa.
E haverá também dois boletins de voto correspondentes, ó Silva?.

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terça-feira, novembro 03, 2009

FRASES INTRIGANTES


1. ISALTINO
No DN de domingo, em cartas ao Director, o Snr. Mário Baleizão Jr. afirma:

"Isaltino Morais é para mim o exemplo de um autarca profissional. Embora tenha sido condenado a sete anos de prisão, este homem voltou a concorrer às autárquicas como independente e venceu de novo".

"Isaltino é um profissional que sabe servir muito bem os seus munícipes e sabe gerir ainda melhor a sua imagem. Colocou em Oeiras o sistema automático de transporte urbano, que custou milhões e anda sempre vazio"

Enfim, de autarca modelo a autarca profissional. O Snr. Baleizão será também mais um dos muitos letrados doutores e eleitores, altos quadros técnicos mui profissionais de Oeiras.
A ideia subjacente destes raciocínios, que faz parte da escola política ranhosa, é a de que tais autarcas roubam em benefício dos habitantes locais, isto é: não roubam para seu bem pessoal mas para bem de todos ao redor. No fundo, tal autarca, gama para uma gamela que é de todos. Mas se assim fosse, todos como o Snr. Baleizão, teriam direito a reclamar a sua parte no património elevado, apenas em seu nome ou familiares, que tal personagem acumulou enquanto autarca, sem explicação vizível.
Já pensou, caro Baleizão Jr., como as cadeias devem estar repletas de potenciais autarcas modelo e profissionais? Isso mesmo: profissionais.




2. MARCELO
O professor MRSousa, às tantas, na sua circular travessura dominical na RTP, saiu-se com esta pérola:

"Se a minha avó tivesse rodas era um autocarro"

Ó professor, mas que falta de respeito é essa pela avozinha? Dar da avozinha uma imagem com ar de mostrengo como um autocarro, não é educado. Tanto mais que nós imaginamos logo uma velha carripana de aldeia: o meu caso aqui com a EVA.
Numa altura em que o PSD vê no prof um "anjo da guarda" para salvação da pureza "da Linha" original do partido, porque não uma frase apropriada, elogiosa e bonita assim como: "se a minha avó tivesse asas era um anjo".
Com esta frase poderse-se-ia dizer: tal avó tal neto. Assim dir-se-á: um Marcelo com rodas vai de patins.

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